Com instalações no município de Paragominas, nordeste paraense, a Mineração Paragominas, uma das maiores do mundo da empresa Hydro, extrai mais de 11 milhões de toneladas de bauxita por ano, matéria-prima utilizada na produção de alumínio. Na última quinta-feira (7), a Hydro convidou vários veículos de comunicação para conhecer as instalações e o sistema de barragem na cidade.
A mina de Paragominas possui um procedimento que possibilita a secagem e condensamento dos rejeitos que são depositados em dois grandes reservatórios conhecidos como “Sistema do Vale” e o “Sistema de Reservatório Platô”, em sua forma líquida, mas que em aproximadamente 45 dias todo o material se solidifica.
Com altura de 31,8 metros, o Reservatório Vale atualmente acumula 45 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Já o Sistema Platô já recebeu atualmente três milhões de metros cúbicos dos rejeitos extraídos dos processos da mina.
Leia mais:Um elemento característico do processo dos rejeitos extraídos da bauxita é que eles são secos. Mesmo em períodos chuvosos que castigam a região, os resíduos permanecem em sua forma sólida, porque há pouca aderência de água, o que impede o processo de liquefação, explicou o gerente geral de barragens, Thiago Doellienger. A geotécnica sênior, Lilian Pantoja, explicou que todo o sistema para armazenamento de rejeito é construído através de métodos bastante seguros e que são monitorados todos os dias. Os instrumentos que fazem a coleta dos dados diariamente enviam todas as informações automaticamente ao sistema de monitoramento.
ETAPAS
Após todo o processo de lavragem da bauxita, a matéria passa por etapas de beneficiamento que são: britagem, moagem e classificação. Todos esses processos são físicos, sem nenhuma adição ou uso de produtos químicos, afirmou o gerente geral de barragens.
Durante a visita, as equipes de comunicação puderam adentrar nas áreas das barragens e caminhar sobre os resíduos considerados inertes, ou seja, que não oferecem nenhum perigo de contaminação para as pessoas e para o meio ambiente. “Os rejeitos são depositados nas barragens em forma de rodízio para dar tempo de o rejeito secar. Então ele tem um tempo de secagem, forma uma pequena camada, enquanto a gente dispõe os rejeitos em outro local da barragem, tornando o processo ainda mais seguro”, explicou Evilmar Fonseca, diretor de operações da Mineração Paragominas.
A mina de Paragominas também dispõe de práticas ambientais e investe em reabilitação de áreas que foram utilizadas pela mineração. Os terrenos recebem mudas que irão criar uma nova vegetação similar ao que havia na área. Até o ano passado, uma área de 2.100 hectares já havia passado pelo processo de recuperação.
(Diário do Pará)