Correio de Carajás

Migração na Amazônia inspira obra escrita em São João do Araguaia

O processo de migração na Amazônia na década de 1970, contado a partir da perspectiva de quem vivenciou esse momento da história da região. Essa é a proposta do livro “Migração na Amazônia que a História não lhe contou”, escrito por Maria da Silva, técnica agrícola e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), lotada no escritório local de São João do Araguaia, na região sul estadual.

A técnica extensionisa realizou um trabalho de investigação sobre o tema durante seu mestrado e guardou os ricos relatos dos personagens para contar essa história em uma nova publicação. “Dessa vez não é um trabalho acadêmico e sim contos contados em forma poética com uma escrita leve voltada para um público iniciante da leitura”, diz.

“A inspiração iniciou no momento em que trabalhei no livro anterior, que por ser um trabalho acadêmico eu não podia contar a história da região, partindo do ponto de vista das pessoas envolvidas”, explica Maria da Sila.

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Ela já publicou este ano o livro ‘Agricultura Familiar e as Estratégias de Manejo dos Antigos Castanhais no Pará’, uma adaptação de sua dissertação de mestrado.

O conteúdo da nova obra aborda o processo de migração na Amazônia na década de 70 com a abertura da Rodovia Transamazônica, culminando com o fluxo de muitos nordestinos para a região. Ela acredita que a obra contribui para se entender melhor o processo de formação desta área.

“Durante 14 anos como extensionista na região do sudeste paraense e, desses, são 11 anos de Emater, ouvi muitas histórias reais que adaptei para o mundo da escrita no intuito das futuras gerações conhecerem esse processo migratório contado a partir das emoções”, conclui Maria.

A obra foi lançada pela editora em setembro de 2020, mas o lançamento na região sudeste do Pará só está previsto para acontecer no início de 2021. A data ainda não foi agendada por conta da pandemia da Covid-19. O livro está disponível para venda impresso na Editora Fross e digital na Amazon. (Agência Pará)