Há 11 anos funcionando em Marabá, a Metropolitana elevou de patamar e agora não é mais faculdade, mas sim uma instituição universitária. Com isso, a Metropolitana terá liberdade de criar cursos e os seus diplomas são registrados sem depender de outras instituições. Além disso, o quadro de professores terá agora um percentual maior de mestres e doutores. A informação foi confirmada pelo professor José Tafner, presidente do Centro de Ensino Superior de Marabá, Paragominas e Parauapebas.
Ele explica que a instituição tem hoje 20 cursos autorizados pelo Ministério da Educação (MEC), dos quais nove já estão reconhecidos. Foi justamente esse reconhecimento que possibilitou que a Metropolitana se tornasse Centro Universitário.
Entre os cursos ofertados hoje pela Metropolitana estão Administração, Ciências Contábeis, Direito, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia, além das Engenharias Civil, Elétrica, Mecânica e de produção. Além disso, José Tafner adiantou que, para 2019, serão implantados mais quatro cursos, sendo Medicina Veterinária, Biomedicina, Agronomia e Arquitetura e Psicologia.
Leia mais:A instituição tem hoje cerca de 3,2 mil alunos, sendo 1,7 mil em Marabá, quase mil em Parauapebas e cerca de 600 em Paragominas. Para garantir um ambiente de pesquisa, a Metropolitana conta com bibliotecas físicas e duas bibliotecas virtuais.
Uma das novidades implantadas no ensino-aprendizagem da Metropolitana é a disposição dos acadêmicos nas salas de aula. Eles ficam divididos em mesas com oito carteiras em cada, produzindo ambiente para trabalho em grupo e fugindo do modelo tradicional adotado desde a evolução industrial, em que os estudantes ficam enfileirados em carteiras tendo o professor à frente.
Nesse modelo, o professor deixa de ser o centro da sala de aula e atua como um facilitador entre o conteúdo e os estudantes. “A exigência do ensino moderno é que o aluno aprenda, que ele saia sabendo”, resume o Prof. Tafner, ao explicar que nesse modelo, o estudante é impelido a estudar para ter que discutir com os colegas e tudo isso é observado pelo professor.
NOVA CASA
A partir de fevereiro de 2019, a Metropolitana estará em sede própria, em área localizada na margem da Rodovia BR-230, nas proximidades do Delta Park (hoje chamada de Campus II). Trata-se de um investimento de R$ 24 milhões, sendo R$ 4 milhões na aquisição do terreno e R$ 20 milhões na construção.
A megaestrutura dispõe de 73 salas de aula, salas para laboratórios, de reunião, salas administrativas e ainda um auditório. Mas o diferencial da nova sede é o material usado na construção. Não há tijolos. A estrutura é metálica com painéis em ACM – sigla em inglês de Aluminum Composite Material. Nas lajes há apenas uma fina camada de concreto com “drywall” (parede seca), correspondente a um sistema construtivo que não utiliza argamassa, formado por um perfil metálico, com placas de gesso acartonado. “É uma das tecnologias mais modernas em termos de construção”, afirma José Tafner.
Segundo ele, toda essa estrutura – que é gigantesca – foi também uma prova do empreendedorismo da Metropolitana, que não está restrito aos cursos, mas à própria essência da instituição. “Empreendedorismo não se ensina retoricamente, temos que mostrar que estamos fazendo”, resume.
(Chagas Filho)