Ainda sem definição sobre o pagamento do reajuste salarial de 8%, motoristas e monitores do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Parauapebas (Sintrodespa) voltaram ao trabalho na manhã desta sexta-feira (8).
Procurado pelo Correio de Carajás, o presidente da entidade, Joel Pedro Alves, informou que o secretário Municipal de Educação, Luiz Vieira, pediu uma “trégua” até que seja realizada reunião prevista para segunda-feira (11), entre a classe e os representantes da empresa Kapa Capital, responsável pelo serviço no município.
O sindicato fez uma paralisação surpresa durante toda a quinta-feira (7). Aproximadamente 110 ônibus escolares permaneceram na garagem da empresa depois que o Sintrodespa atravessou um veículo em frente ao portão, impossibilitando a saída. A ação afetou cerca de 13 mil estudantes que dependem do transporte escolar para chegar às instituições de ensino.
Joel Pedro Alves explica que na Data Base, em março passado, foi firmado acordo entre representantes sindicais e a empresa para reajuste salarial de 8%, o que não vem sendo cumprido. Além disso, a tratativa da empresa tem sido com um sindicato de Belém, sendo que os funcionários locais são sindicalizados em Parauapebas.
Na quinta, Marcelo Costa, encarregado operacional da Kapa Capital, alegou à Reportagem que o acordo coletivo foi homologado junto ao sindicato de Belém porque o sindicato local não fez a homologação dentro do que foi acordado com a empresa. Afirmou, ainda, que a empresa aguarda homologação junto à Prefeitura Municipal, em relação ao aditamento referente ao reajuste salarial de 8%.
A Kapa Capital foi contratada pelo município em fevereiro de 2018, pelo valor de R$ 15,4 milhões, para prestação de serviços diversos, dentre eles o transporte escolar, durante um ano. Em março passado, a gestão municipal realizou aditivos em mais de R$ 22,1 milhões para e aumento a vigência do contrato até fevereiro de 2020.
Em nota divulgada também nesta quinta a Prefeitura Municipal disse que “foi surpreendida pelo ato, uma vez que não possui nenhuma pendência com a empresa que presta serviço para o transporte escolar, a qual os motoristas estão vinculados”. (Theíza Cristhine e Luciana Marschall)