Correio de Carajás

Mesmo com um a mais, Águia só empata em casa

Decisão vai para Fortaleza no próximo domingo, às 15 horas, no estádio do PV. Jogo foi marcado por sete cartões e muito cai-cai do adversário

Ao lado dos colegas, zagueiro e xerife Betão comemora o gol marcado aos cinco minutos de jogo/Fotos: Ulisses Pompeu

A última noite das férias e do mês de julho marcou o primeiro jogo do mata-mata entre Águia e Atlético do Ceará, em partida válida pela segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série D. Uma segunda-feira em que a torcida lotou o estádio Zinho Oliveira e incentivou a equipe. O jogo foi marcado por seis cartões amarelos, um vermelho no final do primeiro tempo e muito cai-cai por parte dos visitantes. Por fim, a partida terminou em 1 a 1, deixando os torcedores frustrados.

O Azulão marabaense começou bem a partida, abrindo o placar aos 5 minutos do primeiro tempo, após uma cobrança de escanteio de Bruno Limão e cabeçada certeira do xerife Betão. Mas depois disso, o time visitante passou a dominar o meio de campo e, consequentemente, o jogo.

Aos 25 minutos, o pequeno Davi Torres chutou de fora da área e acertou o canto esquerdo do goleiro Axel Lopes, empatando a partida. A partir daí, o Atlético usou a velha estratégia de cera, embora continuasse dominando as ações do meio de campo. Nos acréscimos do primeiro tempo, o lateral esquerdo Lucas Maranguape fez falta dura em Alan Maia e foi expulso do jogo. Logo em seguida, o nome do jogo, Siloé, fez falta mais dura ainda em Wendel, mas o árbitro não teve coragem de dar o segundo cartão amarelo para o time cearense. O jogador marabaense abandonar a partida, de tão dura que foi a falta – pra não dizer criminosa.

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Douglas Lima jogou mal e precisou ser substituído no 2º tempo de jogo

A torcida vibrou e achou que o Azulão voltaria à frente do placar na segunda etapa, mas não foi o que aconteceu. Várias faltas com cartões dos dois lados – mostraram a entrega do Atlético, que tem um time bem postado em campo.

Douglas Lima jogou mal a maior parte da partida e precisou ser substituído por Balão Marabá antes dos 15 minutos do segundo tempo.

Cera foi a palavra predominante para um Atlético que já estava cansado em campo. Até mesmo o goleiro Jhones Rodrigues levou cartão amarelo por retardar colocar a bola em jogo.

Ao final da partida, o técnico do Águia, Rafael Jaques, analisou que o time adversário veio para se fechar atrás. “Sofremos gol por erro nosso. No segundo tempo rodamos a bola e, apesar de quatro desfalques, conseguimos pegar amplitude do jogo, mas o adversário se fechou bem, já que estava com um jogador a menos. Agora, temos o jogo de volta, com mais 90 minutos para serem disputados no próximo domingo. O grupo que temos é forte, fez uma grande entrega. Precisamos de uma nova estratégia para buscar vitória e classificação em Fortaleza”.

Rafael Jaques, técnico do Azulão, reclamou muito com a arbitragem ao longo da partida

Em sua avaliação, a falta em Wendel “foi muito temerária”, avaliando que Siloé fez falta por cima, e que o juiz deveria ter dado cartão vermelho.

Siloé, ao final do jogo, foi pedir desculpas a Wendel. Ele considerou o empate em Marabá significativo. “Temos total condições de vencer em casa. Vamos levar decisão para dentro dos nossos domínios. Esse jogo foi equilibrado. Atuamos com raça e equilíbrio mental.

Siloé dominou as ações no meio de campo e deu muito trabalho à zaga do Azulão

O jogo que vai decidir quem continua na Série D de 2023 vai acontecer no próximo domingo, às 15 horas, no campo Presidente Vargas, o famoso PV, em Fortaleza.

(Ulisses Pompeu)