Correio de Carajás

Mesa redonda na Unifesspa discute profissões ligadas à mineração

Representantes da Unifesspa e Vale discutem sobre o futuro de vários cursos e o mercado de trabalho / Foto: Evangelista Rocha

A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em parceria com a Vale e o Grupo CORREIO, realizou nesta quinta-feira, 12, uma mesa redonda para discutir as profissões ligadas à mineração. O evento integra o projeto Profissões, Especial Mineração, divulgado pelo Grupo CORREIO de forma integrada na TV Correio, Portal Correio de Carajás, Rádio 92 e Jornal Correio.

O evento contou com a participação do reitor da universidade, Maurílio Monteiro, da analista de Recursos Humanos da Vale, Jacqueline Vasconcelos, além da presença de estudantes universitários e das escolas estaduais de ensino médio Plínio Pinheiro e Oneide Tavares, que puderam ouvir mais a respeito das profissões de engenharias ligadas à mineração.

A mesa redonda foi mediada pela jornalista Angélika Freitas e composta pelos professores: Zenaide Carvalho da Silva, coordenadora da Faculdade de Sistemas da Informação; Márcio Correa de Carvalho, diretor da Faculdade de Engenharia de Materiais; Elissandro Andrade, diretor da Faculdade de Engenharia Mecânica; Alan Monteiro Borges, diretor da FAEC e coordenador do curso de Engenharia Civil; Valdes Aragão, diretor da Faculdade de Ciências da Computação e Engenharia Elétrica; Lucas Miranda, técnico de Laboratório; Daniel Saturnino, diretor da Faculdade de Engenharia de Minas e Meio Ambiente; e Gilmara Lima, diretora da Faculdade de Geologia.

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A analista de RH da mineradora Vale, Jacqueline Vasconcelos, abriu a rodada de falas. Ela discorreu sobre a atuação da empresa na região nas últimas três décadas e sobre como a parceria com a Unifesspa, por meio dos programas de estágio é benéfica tanto para a mineradora quanto para a sociedade. “Nós temos inúmeros egressos da Unifesspa em Carajás e nos demais pontos da Vale no Pará. Esta é uma universidade pioneira com a qual a gente teve o prazer de ter como parceira no estágio de 40h. Atualmente, nosso percentual de efetivação dos estagiários ultrapassa os 30%. Em apenas três anos do programa de Estágio 40h, alcançamos esse patamar e nossa intenção é ampliar cada vez mais este número, e não só dar oportunidade aos alunos para o estágio. Queremos estar cada vez mais próximos dos estudantes e da universidade, debatendo assuntos relevantes, compartilhando conhecimento por meio de eventos, semanas e jornadas acadêmicas”, afirma a representante da Vale.

O reitor Maurílio Monteiro parabenizou a iniciativa do Grupo Correio em promover o evento e as reportagens que integram o projeto Profissões, Especial Mineração, ressaltando o compromisso social deste tipo de iniciativa. “Queria agradecer a oportunidade e dizer que o Grupo Correio fez a diferença. Organizar uma edição especial para discutir sobre as profissões ligadas à mineração dá uma sistematizada e é extremamente importante, pois é um serviço social prestado aos nossos jovens, dando acesso a eles conhecerem a universidade e saberem o que ela dispõe, os cursos e oportunidades. Muitos meninos e meninas não têm noção do que é a universidade, então é muito importante esta parceria no intuito de informar”, destaca o reitor.

Reitor Maurílio Monteiro elogiou o Grupo Correio por promover pelas reportagens e debatem que integram o Projeto Profissões / Foto: Evangelista Rocha

Além disso, Maurilio Monteiro, aproveitou a oportunidade para falar sobre os indicadores da universidade e o orgulho desta construção coletiva de uma universidade regional e popular. “A cada mil habitantes de Marabá, um é estudante aqui do IGE. Nós estamos organizando nossa clientela em torno do sul e sudeste do Pará, o que é excepcional para nós, porque nascemos com a missão de ser uma universidade regional. Cerca de 77% dos nossos alunos tem renda familiar inferior a um salário mínimo, o que reforça a nossa necessidade de continuar com a política de inclusão. Estamos cumprindo a nossa missão, e com muita alegria também recebemos a notícia que, segundo os indicadores do MEC, o IGE obteve nota 4”, comemora o reitor.

Após as falas iniciais, deu-se abertura da roda de conversa, onde os coordenadores das faculdades apresentaram os respectivos cursos, oferecendo aos alunos presentes uma vitrine das profissões e oportunidades de atuação dentro da mineração.

A professora Gilmara Lima arrancou aplausos da plateia de estudantes ao falar um pouco mais sobre a dinâmica do curso de Geologia. “Somos farejadores do minério. Antes das engenharias, temos a Geologia, quando falamos especialmente de mineração. Somos nós que vamos lá identificar as áreas. Outro atrativo do nosso curso é que 20% das aulas são voltadas para atividades de campo, o que possibilita aos alunos estar sempre viajando. Nosso ambiente de trabalho é a natureza. Convido a todos a prestarem as provas para a Unifesspa e espero ver algum de vocês como calouro de Geologia no ano que vem”, resumiu a professora.

O professor Elissandro Andrade, diretor da Faculdade de Engenharia Mecânica, falou sobre a integração entre os cursos de engenharia da Unifesspa e o compromisso na formação ética dos profissionais. “Neste momento eu falo por todos os cursos de engenharia que atuam de forma articulada e têm diálogo entre si. Mais do que profissionais que tenham uma boa formação técnica, nosso objetivo é formar cidadãos que tenham responsabilidade social e ambiental. Então, a gente sabe que após estes cinco anos de curso de graduação de engenharia mecânica vocês vão sair com este perfil, voltados para resolver os problemas regionais com oportunidades de inovar”, afirmou.

O professor Alan Monteiro reconheceu que a parceria entre a universidade e a Vale influencia positivamente na formação prática dos acadêmicos, dando subsídios aos futuros profissionais que desejam atuar nas regiões sul e sudeste do Estado. “Uma turma concluinte está estagiando na Vale e pedimos para eles demonstrarem os novos conhecimentos na prática. E a gente fica muito contente de ver o desenvolvimento destes alunos. A Unifesspa está totalmente inserida no contexto local. Além de seguir as diretrizes do MEC, a gente dá aquela cara regional para o curso, fazendo link com setores da economia regional, o que é importante porque a maioria dos nossos alunos é daqui, e possivelmente pretendem se inserir no mercado de trabalho da região. Mas para isso, para se inserirem no mercado é preciso ter uma boa formação e é isso que a gente preza aqui na Unifesspa”, garante o professor. (Bianca Levy)

Estudantes acompanharam a mesa redonda com atenção e fizeram várias perguntas / Foto: Evangelista Rocha