Não é de hoje que a Folha 6 tem sido palco de muitos assassinatos, a maioria ligada ao tráfico de drogas. Mas, desde o início do ano, a situação se agravou e isso exigiu da polícia uma ação mais enérgica. Com o avanço das investigações, por parte do Departamento de Homicídios, ficou claro que muitas das mortes são ordenadas e executadas por adolescentes em conflito com a lei. É a famosa “Caixa baixa” dando as ordens no local.
No último dia 20, dois deles, que são apontados como autores de assassinatos, foram apreendidos; um terceiro conseguiu furar o cerco policial e ainda está foragido. Afora isso, outros dois adolescentes também foram apreendidos sob acusação de ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
Quem comanda as investigações é a delegada Simone Felinto, do Departamento de Homicídios. Ela quase não dá pistas sobre os casos para não atrapalhar as investigações. Mas confirmou que tinha em mãos três mandados de busca e apreensão de adolescentes em conflito com a lei e revela que um deles conseguiu fugir. Todavia, as buscas continuam.
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Os mandados foram cumpridos na sexta-feira, na Folha 6, ocasião em que foram apreendidos um revólver e grande quantidade de drogas em uma boca de fumo. Por conta disso, dois adultos foram presos: Wemerson dos Santos Rodrigues foi preso por posse ilegal de arma de fogo, enquanto a mãe dele, Laurinete dos Santos da Cruz, foi presa por tráfico de drogas.
O detalhe desta ação é que a boca de fumo onde tudo aconteceu pertence a um adolescente infrator identificado como “Pivete”, que é apontado como autor de dois homicídios no bairro. Um deles ocorreu no dia 23 de março, que vitimou o pedreiro Dheleston Silva do Nascimento. O crime foi motivado por uma discussão boba. “Pivete” reclamou do barulho da moto de Dheleston, que deu um tapa em “Pivete”; este sacou uma arma e deu um único tiro no peito do pai de família.
O outro crime, registrado no dia 6 deste mês, teve como vítima Leonardo Nascimento Silva, conhecido como Léo, que era usuário de drogas e teve o corpo encontrado em via pública, com várias marcas de bala.
Outro fato que chama atenção é que a arma apreendida com Wemerson na sexta-feira (20) pode ter sido usada em um ou mais assassinatos que a Polícia Civil investiga na Folha 6.
“Pivete”, seu comparsa nos homicídios e os outros dois adolescentes apreendidos na sexta já foram encaminhados ao Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM), em Marabá.
Enquanto isso, as investigações seguem em curso. Mas, para a polícia, é crucial o apoio de moradores da área, que podem repassar informações por meio do Disque Denúncia, por meio do número (94)3312-3350. O anonimato é garantido.
(Chagas Filho, com informações da Polícia Civil)