Correio de Carajás

Medida determina que pais têm de ir a escola trocar fralda dos filhos

Decisão do conselho escolar de Blaenau Gwent, no País de Gales, diz que professores estão “gastando tempo demais” trocando fraldas

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Uma polêmica repercutiu recentemente no País de Gales acerca dos cuidados com os bebês e crianças nas escolas. O conselho escolar do distrito de Blaenau Gwent anunciou que professores e funcionários não vão mais trocar as fraldas e calças dos pequenos. Isso significa que os pais terão de comparecer às instituições para fazer isso.

As autoridades de Blaenau Gwent declararam à BBC News que os professores e funcionários estão “gastando tempo demais” trocando fraldas das crianças, por isso decidiram adotar essa medida. Além disso, o conselho alega que a decisão foi tomada devido aos “níveis muito altos de alunos que vão à escola de fraldas”.

Agora, é responsabilidade dos pais garantir que as crianças já estejam treinadas para usar o banheiro antes de entrar na escola.

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“Isso não se restringe apenas aos alunos da creche e da pré-escola. Temos membros do sindicato nos dizendo que crianças de sete e oito anos, que não têm necessidades especiais de aprendizagem ou condições médicas, estão tendo dificuldades para usar o banheiro”, explicou Laura Doel, secretária nacional da Associação Nacional de Diretores de Escola (NAHT) do País de Gales.

A mulher, então, acrescentou: “Aplaudimos o conselho de Blaenau Gwent por ser corajoso o suficiente para tomar essa atitude e, na verdade, gostaríamos de encorajar outras autoridades locais, que talvez estejam enfrentando desafios semelhantes, a seguir o exemplo”.

Após a divulgação da decisão, os pais alegam que a medida é “injusta”, já que o cuidado integral da criança faz parte do trabalho dos professores.

“Minha filha fez xixi na escola hoje, e eles estavam nos cobrando [de ir lá para trocar]. É realmente um saco. Tivemos que vir buscá-la mais cedo, sorte que hoje eu estava de folga”, contou Daniel Derrick, em entrevista ao jornal britânico.

Stephanie Barry, que também deu entrevista, relatou que sua filha foi para a escola já desfraldada. No entanto, seu filho neurodivergente ainda não. “Deveria ser analisado caso a caso”.

(Fonte: Metrópoles)