Celso Gonçalves do Vale Filho, 53 anos, médico obstetra, foi preso em Canaã dos Carajás, (cerca de 220 quilômetros de Marabá), sob a acusação de ameaça e porte ilegal de armas. Um vídeo de uma câmera de segurança registrou o momento em que o obstetra puxa a arma de uma bolsa e faz ameaças na porta de uma creche particular da cidade.
A prisão aconteceu na tarde de terça-feira, 14, após Celso ser localizado no interior de uma agência bancária que fica no centro da cidade. Em um vídeo que circula pelo WhatsApp, foi registrado o momento em que dois homens de jaleco branco e um socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentam conter o obstetra. Quem primeiro chegou ao local foi a Polícia Civil, que logo solicitou reforços da Polícia Militar.
Celso é acusado de fazer ameaças a duas famílias da cidade. Uma das denúncias contra o obstetra conta que ele foi até a casa de uma mulher e a intimidou. A situação descrita na segunda acusação foi registrada em um vídeo gravado por uma câmera de segurança. Nele, o médico aparece discutindo com a esposa de um ex-funcionário, em frente à creche particular (de propriedade do ex-empregado).
Leia mais:No momento da discussão uma outra mulher se aproxima – ela está com uma criança no colo – e observa a cena de perto. Em determinado momento o médico saca uma arma de sua bolsa (que estava pendurada no ombro), faz ameaças, e em seguida entra em sua camionete e vai embora.
No veículo do médico a polícia encontrou uma pistola 765 e dez munições não deflagradas; uma espingarda calibre 16 e dois cartuchos intactos; cinco armas brancas, sendo canivetes e facas; e um soco inglês pontiagudo.
Para a Reportagem do CORREIO, o delegado de Polícia Civil, Luciano Ramos de Oliveira, informou que o obstetra faz uso de remédio controlado e tem causado diversas confusões pela cidade.
Esta não é a primeira vez que o médico se envolve em situações que o colocam frente a frente com autoridades policiais. Duas ações penais já foram movidas contra ele, ambas por crimes contra mulheres, uma em 2020 e outra em 2021. Na primeira, a acusação é de violência doméstica e a segunda por injúria. (Luciana Araújo com informações de Josseli Carvalho)