Correio de Carajás

Matadores de “Lobisomem” são condenados

Matadores de “Lobisomem” são condenados

Durante o dia de ontem (2), aconteceu júri popular na comarca de Itupiranga, para julgar um crime escabroso cometido por cinco homens na zona rural do município, no final de agosto do ano de 2006. Na época do crime os cinco réus contaram uma história mirabolante, alegaram que a vítima, Aldenor Nonato da Conceição, seria na verdade um lobisomem que estaria aterrorizando a comunidade de Vila São Pedro, na região do Rio preto. Os cinco foram condenados a 12 anos de prisão.

Os condenados são Lourisvaldo Alves da Silva, José Roberto Carvalho Pereira, Jesuino Alves Souza, Francisco de Assis Carvalho e Francisco Carvalho Pereira. O julgamento aconteceu sem a presença dos acusados, porque eles fugiram desde a época do crime, nunca foram presos e estão na condição de foragidos de Justiça.

O júri foi presidido pelo juiz Danilo Alves Fernandes; pelo Ministério Público atuou a promotora Patrícia Carvalho Medrado Assmann; já o advogado Arnaldo Ramos de Barros atuou na defesa do quinteto. Ao final do julgamento Arnaldo confirmou que a defesa não vai recorrer. “Foi justo”, resumiu o advogado.

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Na época do crime, os acusados confessaram que saíram à caça do suposto lobisomem nas matas que circundam a vila São Pedro. Relataram que se depararam com uma criatura e não contaram conversa: mandaram bala. Eles confessaram na vila que logo depois do baleamento um dos membros do grupo ainda cortou o pescoço da “fera”.

Na época do crime, o repórter Edinaldo Sousa escreveu uma matéria jornalística sobre o assunto, na qual os acusados disseram que a criatura tinha o seguinte aspecto: da cintura para baixo parecia um macaco e da cintura para cima se assemelhava a um leão. Pois é, mas quando lhe cortaram o pescoço, ele se transformou em um pobre lavrador que possivelmente estava caçando na mata fechada quando foi covardemente assassinado.

Felizmente ninguém engoliu essa história maluca contada pelos cinco criminosos. Resta agora saber se eles serão presos algum dia, pois fugiram da região logo depois do crime e nunca mais deram notícias. (Chagas Filho)