Correio de Carajás

Marinha aprova plano de resgate do navio que naufragou na Vila do Conde em Barcarena em 2015

A Marinha do Brasil aprovou o plano de resgate do navio boiadeiro “Haidar”, que naufragou em outubro de 2015 no porto de Vila do Conde, em Barcarena, nordeste do Pará. Mais de cinco mil bois morreram no naufrágio. Ainda não há uma previsão de quando esse trabalho de retirada do navio comece.

A morte dos animais contaminou praias e predicou o turismo na região. O Ministério Público denunciou o capitão do navio e outras quatro pessoas, além de quatro empresas, por crimes ambientais, e até hoje o barco e os animais mortos permanecem submersos no local do acidente.

De acordo com a Marinha, o plano de resgate prevê que o navio seja colocado na posição vertical para ser reflutuado e não afundar novamente. O trabalho deve ser executado pela empresa que venceu licitação do ministério da infraestrutura.

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A gestão da obra está a cargo da Diretoria de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, e o trabalho será fiscalizado pela capitania dos portos.

Entenda o caso

Carcaças dos bois afogados que se soltaram da barreira de contenção feita na praia de Vila do Conde, em Barcarena (PA), são retiradas com escavadeiras, após naufrágio na semana passada. A foto do fim da tarde de terça (13) foi divulgada nesta quarta (14) — Foto: Fabio Jose Lucena Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo
Carcaças dos bois afogados que se soltaram da barreira de contenção feita na praia de Vila do Conde, em Barcarena (PA), são retiradas com escavadeiras, após naufrágio na semana passada. A foto do fim da tarde de terça (13) foi divulgada nesta quarta (14) — Foto: Fabio Jose Lucena Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo

O navio Haidar, de bandeira libanesa, afundou no dia 6 de outubro de 2015, no porto de Vila do Conde, em Baracarena. A embarcação transportava cinco mil bois vivos e 700 toneladas de óleo para a Venezuela. O acidente causou impactos ambientais e sociais na comunidade de Barcarena.

Os animais que estavam a bordo morreram afogados, muitos presos na embarcação. A tragédia atingiu a vida de milhares de pessoas nessa região. As famílias prejudicadas contam que até hoje não foram indenizadas por causa da tragédia ambiental, social e econômica.

O banho nas águas foi proibido e o movimento de frequentadores das praias de Barcarena, Abaetetuba e ilhas vizinhas caiu. Pescadores também não puderam mais retirar o sustento dos rios e os impactos do naufrágio continuam sendo sentidos até hoje.

Vários laudos comprovam danos sociais e ambientais provocados pelo desastre que geram um valor mínimo de R$ 71 milhões em indenizações. (Fonte:G1)