O apresentador da TV Globo, Marcos Mion, 43 anos, apareceu chorando em suas redes sociais, na última quarta-feira (21), depois de ver um vídeo com adolescentes agredindo um garoto autista. Conforme o Metrópoles, ele é pai de Romeu, diagnosticado com autismo, desabafou sobre importância de uma sociedade mais inclusiva.
Para ele, o vídeo lhe causou um impacto extremo. “É uma situação de extrema covardia. O vídeo me embrulhou, me deu ânsia de vômito”, disse.
“Eu já chorei porque não tenho como não imaginar meu filho nessa situação, vivendo num mundo que não compreende, não respeita, que não entende o autismo e que agride fisicamente o autista por ele ser autista”.
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Conforme relatou, ele luta por um muito mais consciente, inclusivo e respeitoso. “Luto para que as pessoas cresçam sendo melhores, mais legais, e que respeitam inclusão e diversidade. Faço tudo que posso e tenho muito medo de que alguma coisa assim aconteça com o Romeo, como qualquer pai de qualquer criança autista”.
Acrescentou ainda: “é um medo constante porque é como você ver a pureza mais pura que existe no mundo ser incompreendida, abusada e sofrendo agressão”.
Recado aos familiares de autistas
Após desabafar, Mion ainda reforçou que “morrerá lutando” para que comunidade seja aceita e respeitada. Em mensagem ao jovem do vídeo, disse:
“O que cabe a mim é olhar para a família desse autista e dizer ‘vocês não estão sozinhos, tem muita gente que sofre com vocês’. Eu mando todo o meu coração e todo o meu amor para vocês e para o filho de vocês, que ele nunca mais passe por isso”.
Filho de Marcos Mion
Romeo, de 17 anos, é filho de Marcos Mion com Suzana Gullo. Ele é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em outubro de 2021, o herdeiro do apresentador estava aprendendo a ler e escrever e gerou grande comoção nas redes sociais ao escrever uma carta para o pai.
Mion também já comentou sobre como é importante falar sobre o diagnóstico de pessoas autistas, algo que ele relutou muito em aceitar.
“Romeo tem um autismo considerado leve e foi uma evolução, conquistamos isso. Quanto antes você tem o diagnóstico, melhor. E eu venho de família de médicos. Nas primeiras avaliações, quando ele nasceu, meus pais disseram: ‘Tem alguma coisa’.”
(Fonte: Diário do Nordeste)