As mobilizações ao redor do mundo no 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, expressam a força e a potência do feminismo e da grandeza em busca das lutas contra a violência e o preconceito.
Em Marabá, uma marcha pedindo justiça e respeito às mulheres marcou a tarde de quarta-feira, 8. O início da caminhada aconteceu em frente à sede do Grupo Mulheres Arco Íris, no Bairro Laranjeiras. Dezenas de homens, mulheres e estudantes seguravam cartazes e pediam pela igualdade e fim da violência.
“Essa marcha significa um dia de luta. Estamos aqui com gente dos quatro cantos da cidade. Mulheres de vários grupos estão aqui para que possamos debater assuntos importantes da nossa vida. Não é apenas um passeio pelas ruas, é um momento de reivindicar e manifestar nossos anseios. Queremos levar pra as ruas aquilo que é mais importante para a vida das mulheres”, disse Rosalina Isoton, que está frente do Mulheres Arco Íris e é uma das organizadoras do evento.
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Participante do grupo Arco Íris desde o início, a marabaense Marli Quintino, 59 anos, conta que essa marcha simboliza a luta que é enfrentada durante todo o ano.
Com o intuito de dar voz e mostrar que a causa é de toda sociedade, ela faz questão de ir às ruas. “Precisamos lutar pela nossa vida e pela vida de outras mulheres. Muitas não estão aqui conosco, não participam aqui do grupo por conta de suas privações. Mas, viemos aqui e vamos lutar e gritar, pedindo um basta contra a violência”.
Para a ex-vereadora Júlia Rosa, esse ato é mais um instrumento de luta das mulheres e realizar a marcha nos Bairros Laranjeiras e Liberdade é fundamental por conta do alto índice de casos que são registrados contra as mulheres.
“O Coletivo de Mulheres se reúne para dar esse grito de basta. É importante que estejamos aqui na data de hoje, tão significativa. Precisamos falar e levar homens e mulheres a refletirem sobre suas condições no mundo e na sociedade”, pontuou.
Dentre os vários homens que acompanharam a marcha pelas ruas dos bairros, o vereador Márcio do São Félix fez questão de celebrar e parabenizá-las pela iniciativa.
“Estamos acostumados a ver, no dia a dia, estatísticas tristes sobre agressões e feminicídios. Louvo a Deus pela vida das mulheres e pela importância que cada uma tem na nossa vida e na sociedade. Em uma quarta-feira à tarde, com um sol escaldante, ver várias mulheres aqui marchando, lutando e pedindo pelos seus direitos é de extrema importância. Precisamos reconhecer tudo o que vocês, mulheres, representam para nós”.
Pelo segundo ano, a comunidade escolar foi convidada para participar da marcha. Professores e alunos estavam envolvidos no tema, segurando cartazes e incentivando a garantia do cuidado para com a vida das mulheres.
O Bispo de Marabá, Dom Vital Coberllini, também participou da marcha para dar exemplo aos católicos e demais membros da sociedade, já que a igreja prega a paz em todos os segmentos da sociedade. (Ana Mangas)