Mateus Vilhena, de Marabá, entrou para a história ao se tornar o primeiro atleta da cidade a competir no prestigiado Abu Dhabi Combat Club Submission Wrestling World Championship (ADCC). O evento, realizado no último final de semana, em São Paulo, reuniu alguns dos melhores lutadores do mundo na modalidade de grappling, e Mateus, com apenas 13 anos, ficou em segundo lugar na categoria até 60 kg.
Com uma trajetória de uma década no jiu-jitsu, Mateus iniciou sua jornada esportiva influenciado por seu pai, Jefferson Vilhena, que o colocou no tatame aos três anos. Desde então, ele acumula diversos títulos regionais e nacionais, mas o ADCC marcou um ponto de virada em sua carreira. “Foi o campeonato mais importante que participei até agora. Tive a oportunidade de lutar contra atletas de nível internacional, algo que nenhum outro atleta da nossa região havia feito”, conta à reportagem do Correio de Carajás.
Jefferson explica que o ADCC é conhecido pelas suas regras rigorosas e diferenciadas, permitindo a participação de atletas de diversas modalidades de luta agarrada, como jiu-jitsu, judô e wrestling.
Leia mais:A competição é considerada um dos principais eventos de grappling do mundo, destacando-se pelas variações nas regras e pela alta exigência técnica dos participantes. “É um evento que exige muito mais do que apenas jiu-jitsu. É preciso estar preparado para enfrentar estilos diferentes de luta, e foi isso que me motivou a ir além”, explicou Mateus.
Mesmo com a derrota por pontos na final, o jovem atleta vê sua participação como um grande aprendizado. “Perdi por um detalhe, mas cheguei até a final. Foi uma experiência única e abriu portas importantes. Agora, meu foco é continuar treinando e evoluindo”, comentou.
Além do ADCC, Mateus já competiu em campeonatos paraenses, brasileiros, sul-americanos e mundiais. Ele afirma que a prática do esporte vai muito além das vitórias no tatame, porque o jiu-jitsu o ajudou a desenvolver não somente seu físico, mas o psicológico e emocional, também. Segundo o jovem, é uma disciplina que o tem preparado para a vida.
Com planos de seguir carreira profissional, Mateus revela que tem o apoio incondicional da família e do seu mestre. “Meu pai sempre me orientou a equilibrar os estudos com o esporte. Quero seguir competindo, mas sem deixar os estudos de lado. Acredito que essa é a melhor forma de aproveitar todas as oportunidades que o esporte pode trazer.”
Mateus, faixa verde e branca no jiu-jitsu, deixa uma mensagem de incentivo aos seus colegas de treino e para os jovens que estão começando na modalidade: “Treinar é importante não só para vencer campeonatos, mas para se preparar para as oportunidades que a vida oferece. O esporte é uma ferramenta poderosa e pode abrir muitas portas, dentro e fora do Brasil.”
(Thays Araujo)