O engenheiro marabaense Carlos Renato Milhomem Chaves, ou apenas Renato Milhomem, retorna hoje (23) de Belém onde estava cuidando da homologação da sua vitória para a presidência do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado do Pará (Crea/PA). Ele foi eleito pela categoria no último dia 15, quebrando uma hegemonia de anos do mesmo grupo à frente da entidade. Ao CORREIO, no entanto, ele disse que a condução dos trabalhos não será pautada por bairrismo, mas apenas por uma nova forma de liderança.
Renato tem 47 anos, sendo 21 deles dedicados à profissão e, além disso, é formado em Direito. O mais interessante é que ele declara nunca ter concorrido a nada na vida, sequer líder de classe na escola, ou ter exercido qualquer tipo de militância. O engenheiro revela que fez parte de um movimento junto com outros colegas por mudanças no Crea nesta eleição, e que o candidato para representar essa linha de pensamento era outra pessoa, que por motivos pessoais desistiu da disputa. Com isso, os colegas incentivaram Renato, que aceitou o desafio. Ele obteve 36% dos votos disputando o cargo com: Hugo Aquilo, Elias Lima e André Tavares. A gestão é triênio, de 2018 a 2021, com posse em 1º de janeiro.
“Um belo dia eu estive em Belém, participando da Semana Oficial dos Engenheiros Civis, no Hangar, e em conversa com colegas, me apresentei como candidato ao Crea. Amigos de entidades de classe da categoria aceitaram nos ouvir, entre elas a Associação Brasileira dos Engenheiros Civis (Abenc). Eles nos abraçaram e nos apresentaram às demais entidades e isso me deu força”, conta Renato, sobre o momento em que sentiu a sua candidatura ganhar força na Capital. Colegas de autarquias do governo do Estado também o incentivaram e criaram os primeiros grupos de Whatsapp para aglutinar os apoiadores.
Leia mais:Entenda
O Crea é responsável pela fiscalização de atividades profissionais nas áreas da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, além das atividades dos tecnólogos e das várias modalidades de Técnicos Industriais de nível médio. Cada Estado possui sua própria entidade do CREA e conta com os agentes fiscais distribuídos através das regionais administrativas, onde realizam pesquisas externas e internas e as fiscalizações de rotina pelas ruas da cidade onde atuam.
A fiscalização se baseia em visitas dos agentes fiscais às obras, tanto de empresas privadas como de órgãos públicos, para averiguar o cumprimento das responsabilidades técnicas dos serviços efetuados nas áreas de Engenharia, Agronomia e outras.
De acordo com a legislação vigente, a responsabilidade técnica sobre as obras e serviços nas áreas citadas só pode ser conferida por profissionais que são habilitados com registro no Conselho.
Quando a obra não possui o responsável técnico, ou quando o responsável não é certificado pelo CREA é feita uma ação mais objetiva. Se for constatada a irregularidade na obra é executado à lavratura da Notificação e, caso seja necessário, é conferido Auto de Infração.
“O Crea ao longo do tempo, no entanto, se afastou dos profissionais. Se tornou um mero cartório, onde só sabem cobrar taxas. Assim pensa a maioria de nós”, destaca Renato Milhomem, lembrando que um outro objetivo constante no estatuto da entidade é o aperfeiçoamento profissional, que pode ser fomentado.
Os poderes do presidente são restritos e bem delineados, porém cabe a ele a indicação dos colegas para assumirem as 22 Inspetorias do órgão no interior do Pará, uma delas em Marabá, além das gerências e cargos comissionados. Já o vice-presidente é eleito pela plenária do conselho.
Anuidades, RT’s e multas formam a arrecadação do Crea. Apesar disso, Milhomem promete fiscalização educativa. “Quero diminuir ao máximo a arrecadação por multa. Eu falo muito que a fiscalização tem de ser eficaz, justa e coerente. O profissional vai fazer a coisa certa por saber que a fiscalização é eficiente”, fala o novo presidente, reafirmando um conceito que usou como bandeira de campanha. (Da Redação)
O engenheiro marabaense Carlos Renato Milhomem Chaves, ou apenas Renato Milhomem, retorna hoje (23) de Belém onde estava cuidando da homologação da sua vitória para a presidência do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado do Pará (Crea/PA). Ele foi eleito pela categoria no último dia 15, quebrando uma hegemonia de anos do mesmo grupo à frente da entidade. Ao CORREIO, no entanto, ele disse que a condução dos trabalhos não será pautada por bairrismo, mas apenas por uma nova forma de liderança.
Renato tem 47 anos, sendo 21 deles dedicados à profissão e, além disso, é formado em Direito. O mais interessante é que ele declara nunca ter concorrido a nada na vida, sequer líder de classe na escola, ou ter exercido qualquer tipo de militância. O engenheiro revela que fez parte de um movimento junto com outros colegas por mudanças no Crea nesta eleição, e que o candidato para representar essa linha de pensamento era outra pessoa, que por motivos pessoais desistiu da disputa. Com isso, os colegas incentivaram Renato, que aceitou o desafio. Ele obteve 36% dos votos disputando o cargo com: Hugo Aquilo, Elias Lima e André Tavares. A gestão é triênio, de 2018 a 2021, com posse em 1º de janeiro.
“Um belo dia eu estive em Belém, participando da Semana Oficial dos Engenheiros Civis, no Hangar, e em conversa com colegas, me apresentei como candidato ao Crea. Amigos de entidades de classe da categoria aceitaram nos ouvir, entre elas a Associação Brasileira dos Engenheiros Civis (Abenc). Eles nos abraçaram e nos apresentaram às demais entidades e isso me deu força”, conta Renato, sobre o momento em que sentiu a sua candidatura ganhar força na Capital. Colegas de autarquias do governo do Estado também o incentivaram e criaram os primeiros grupos de Whatsapp para aglutinar os apoiadores.
Entenda
O Crea é responsável pela fiscalização de atividades profissionais nas áreas da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, além das atividades dos tecnólogos e das várias modalidades de Técnicos Industriais de nível médio. Cada Estado possui sua própria entidade do CREA e conta com os agentes fiscais distribuídos através das regionais administrativas, onde realizam pesquisas externas e internas e as fiscalizações de rotina pelas ruas da cidade onde atuam.
A fiscalização se baseia em visitas dos agentes fiscais às obras, tanto de empresas privadas como de órgãos públicos, para averiguar o cumprimento das responsabilidades técnicas dos serviços efetuados nas áreas de Engenharia, Agronomia e outras.
De acordo com a legislação vigente, a responsabilidade técnica sobre as obras e serviços nas áreas citadas só pode ser conferida por profissionais que são habilitados com registro no Conselho.
Quando a obra não possui o responsável técnico, ou quando o responsável não é certificado pelo CREA é feita uma ação mais objetiva. Se for constatada a irregularidade na obra é executado à lavratura da Notificação e, caso seja necessário, é conferido Auto de Infração.
“O Crea ao longo do tempo, no entanto, se afastou dos profissionais. Se tornou um mero cartório, onde só sabem cobrar taxas. Assim pensa a maioria de nós”, destaca Renato Milhomem, lembrando que um outro objetivo constante no estatuto da entidade é o aperfeiçoamento profissional, que pode ser fomentado.
Os poderes do presidente são restritos e bem delineados, porém cabe a ele a indicação dos colegas para assumirem as 22 Inspetorias do órgão no interior do Pará, uma delas em Marabá, além das gerências e cargos comissionados. Já o vice-presidente é eleito pela plenária do conselho.
Anuidades, RT’s e multas formam a arrecadação do Crea. Apesar disso, Milhomem promete fiscalização educativa. “Quero diminuir ao máximo a arrecadação por multa. Eu falo muito que a fiscalização tem de ser eficaz, justa e coerente. O profissional vai fazer a coisa certa por saber que a fiscalização é eficiente”, fala o novo presidente, reafirmando um conceito que usou como bandeira de campanha. (Da Redação)