Correio de Carajás

Marabá vai desobrigar uso de máscara a partir da próxima terça-feira

Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus sugeriu e prefeito Tião Miranda chancelou. Mas em locais fechados ela continua sendo obrigatória

Um decreto do prefeito Tião Miranda, a ser publicado na próxima terça-feira, dia 15, deve desobrigar o uso de máscara em locais abertos no município de Marabá. A decisão do gestor foi orientada pelo Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus, que manteve reunião na última quarta-feira.

O anúncio foi feito com exclusividade ao CORREIO pelo vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Luciano Lopes Dias, durante entrevista na tarde desta sexta-feira, 11 de março.

O secretário de Saúde observa que a máscara foi um item obrigatório por cerca de dois anos, mas que já se vê flexibilização pelo mundo inteiro. Por isso é que o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus decidiu sugerir a flexibilização desse item. O prefeito acatou a sugestão de liberar o uso de máscara em ambientes abertos, mas manter nos locais fechados por um período, até que se avalie com mais segurança o contexto epidemiológico”, explica Luciano.

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Por outro lado, o secretário de Saúde garantiu que esta será a única flexibilização que estará presente no decreto da próxima semana e foi tomada com base na análise da situação nos hospitais e unidades básicas de saúde da rede municipal.

Questionado pela Reportagem do CORREIO se já é possível afirmar que Marabá se livrou da terceira onda de covid-19, ele foi cauteloso e disse que não há como cravar essa afirmação. “Esse é um dado mais do campo científico, mas a nossa observação é que podemos avaliar que já passamos pelas piores fases da doença causada pelo coronavírus. Neste ano de 2022 tivemos o maior índice de contágio, mas o menor de internação hospitalar. Isso nos prova a eficácia da vacina e isso ocasionou uma baixa pressão no Hospital Municipal de Marabá e um sentimento de que a terceira onda já se foi. Sabemos que esta é uma doença que veio para ficar, como síndrome respiratória aguda grave e teremos de conviver com ela”.

Luciano Dias lembrou que na crista de cada uma das três ondas de covid-19, o Hospital Municipal de Marabá teve 100% de ocupação dos 64 leitos disponíveis para receber pacientes. Isso fez com que a pressão sobre o HMM aumentasse e foi necessário suspender procedimentos como cirurgias eletivas para cuidar exclusivamente de casos de covid-19. “Hoje, reduzimos a demanda para 10 leitos de UTI com seis ocupados; sete leitos de UCE, com apenas 4 ocupados; e nenhum leito de estabilização ocupado”, compara.

Ele também informou que a liberação de máscaras em ambiente fechado só será discutida no Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus na reunião do próximo mês. “Liberação para 100% de ocupação de espaços para shows só depois desta segunda etapa”, avisou. (Ulisses Pompeu e Ana Mangas)