Correio de Carajás

Marabá: sem professor, vigia e merendeira entram em sala de aula para ajudar alunos de escola

Comunidade de Alto Bonito II faz abaixo assinado e exige melhorias na escola pública

Vigia da Escola Mércia Lacerda estaria dando em aulas por conta da falta de professores
✏️ Atualizado em 14/04/2023 13h56

Moradores da comunidade de Alto Bonito II, zona rural de Marabá, protocolaram no Ministério Público do Estado do Pará, no último dia 4 de abril, um abaixo assinado contendo o nome de 64 moradores que pedem melhorias urgentes na Escola Mércia Lacerda Miranda, que está sem professores.

 “Está sem professor do sexto ao nono ano. Quem está dando aula é o vigia e a merendeira”, disse uma moradora, que confirmou ao CORREIO que a situação da comunidade escolar está precária, tanto com a falta de professores, como pela estrutura do prédio.

Leandro Souza do Nascimento, presidente e representante da Associação de Moradores e Extrativistas da Comunidade Alto Bonito II, pede uma atenção especial da Secretaria Municipal de Educação.

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“Falta bebedouro; falta material didático para os alunos e material de limpeza para a escola; as paredes estão rachadas, janelas quebradas, cadeiras sem condições de uso para os jovens, porque todas as cadeiras são infantis, e só tem um banheiro para uso de alunos e funcionários”, diz.

A estrutura física da escola está precária e os moradores pedem atenção da Semed

A comunidade de Alto Bonito II – localizada na zona rural, distante 189 quilômetros da zona urbana de Marabá – aguarda um posicionamento das autoridades e uma atenção efetiva sobre a situação da escola que atende crianças e adolescentes da localidade. Eles pedem melhorias na estrutura escolar, além de condições dignas de aprendizagem aos alunos.

O CORREIO entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura que afirmou que a Secretaria de Educação está realizando a compra dos materiais (cadeiras e utensílios para limpeza), e que os pequenos reparos devem acontecer nas próximas semanas.

Em relação à denúncia sobre a falta de professores, a Semed abriu uma investigação interna para recompor o quadro de educadores em breve, enfatizando que a informação a respeito dos funcionários de serviços gerais estarem ministrando aulas é falsa. (Da Redação)