Correio de Carajás

Marabá sedia encontro sobre uso de tecnologias nas práticas pedagógicas

Marabá foi palco do 3º Encontro Presencial da Política de Inovação Educação Conectada (PIEC), que tem por objetivo universalizar o uso da a internet banda larga de alta velocidade para fomentar o uso das tecnologias digitais nas práticas pedagógicas.

O evento, que aconteceu nos dias 4 e 5 de novembro no auditório da Faculdade Carajás, no Núcleo Nova Marabá, contou com a participação de representantes de cerca de 50 municípios paraenses.

Em outras oportunidades, o encontro foi realizado em Ananindeua e Santarém, e, segundo a coordenação, provavelmente o próximo será em Altamira, ainda este ano.

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De acordo com Ricardo Batista, professor e coordenador  Regional Norte da Educação Conectada, o encontro serve para fortalecer ainda mais a educação.

“Queremos trazer novos paradigmas educacionais”, diz Ricardo Batista, coordenador da Educação Conectada

Contando com a participação de representantes do Ministério da Educação, que vêm trazendo mais força para as ações, Ricardo acredita que esse momento é importante para promover o engajamento dos articuladores dentro da proposta da Política. “Queremos trazer novos paradigmas educacionais, fomentar a educação do século XXI em todo o país”.

Sobre os dois dias de evento, Ricardo explica que a intenção foi trazer luz e conhecimento para as escolas de Marabá e região. “Muitos ainda não conhecem a política e queríamos fomentar ainda mais essas ações na região”.

Roselma Milani, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/PA), afirma que, a partir do encontro, sejam formadas equipes técnicas das secretarias de educação municipais para a execução qualitativa dessa política de incentivo a conexão.

“Queremos que, de fato, chegue um serviço de qualidade nas escolas municipais e garantam um acesso dos nossos alunos e conectividade. Esse é um desafio, porque nosso Estado é gigante e é uma junção de esforços”.

A expectativa das entidades juntamente com o Ministério da Educação é que essa política pública se consolide de fato e que a se tenha educação de qualidade, por meio da conectividade e da tecnologia como forma de transposição didática.

A reportagem do Correio de Carajás exemplificou o período da pandemia, onde a pouca conectividade foi sentida pela falta de acesso de muitos professores e alunos.

Roselma concorda e explica que o isolamento fortaleceu a necessidade da conexão. “A barreira que existia entre o distanciamento e a comunicação foi quebrada. É um caminho sem volta, e ele foi uma metodologia de trabalho e transposição didática que chegou e que nós vamos nos apropriar dela e utilizar com mais qualidade ainda no processo de ensino e aprendizagem”.

Marabá

Representando a Secretaria Municipal de Saúde, Orlando Moraes, secretário adjunto, participou do evento e ficou feliz em receber no município o encontro da rede Educação Conecta.

Para Moraes, a temática é extremamente importante pelo atual momento em que o país e o mundo se encontram, de ampliação de possibilidade e conectividades no processo educacional.

“Na pandemia tivemos que experimentar esse novo formato de linguagem que o professor precisa utilizar no seu dia a dia. Esse debate vem fortalecer os municípios e estamos aqui nessa conversa com representantes de 50 cidades sobre a ampliação da conectividade”.

O secretário adjunto acredita que essas discussões podem ampliar as possibilidades de acesso das crianças à internet. “Em Marabá, os professores tiveram que se reinventar muito rápido, e muitos, que podemos citar como um grande exemplo, se reinventaram muito bem”.

De acordo com Orlando, esse é um debate que precisa fazer parte da agenda municipal. Fazendo o planejamento para o próximo ano letivo, o secretário adianta que nos próximos dias 16 e 17 de novembro, Marabá irá realizar uma Conferência Municipal de Educação, onde serão abordados esses novos modelos de educação.

“A gente acabou percebendo e entendendo a importância da conectividade para a qualidade da educação nos tempos que estamos vivendo. São novos tempos, e que requerem novas estratégias, novas metodologias e a conectividade é isso. É um instrumento encontrado pela sociedade para poder movimentar a educação brasileira e facilitar o acesso das crianças”, explana.

Ao Correio de Carajás, Orlando Moraes comentou sobre a felicidade do município em ter retomado as aulas presenciais. As escolas estão funcionando com 50% da capacidade dos alunos, intercalando os dias, para que não haja aglomeração.

Orlando Moraes, secretário adjunto de Educação, acredita que as discussões podem ampliar as possibilidades de acesso à internet

Moraes afirma que essa didática, de diminuir o número de alunos dentro da sala de aula, foi um detalhe importante, interessante e que aproximou o professor do aluno. “A gente percebeu que com um número menor de alunos, o professor tem conseguido realizar atividades para que eles avancem, já que passamos por um período de distância na pandemia”.

Questionado sobre a possibilidade de diminuir a quantidade de alunos em sala de aula de forma definitiva, já que foi percebido uma qualidade no ensino com uma turma menor, Orlando explica que existe uma projeção que delimita quantos discentes precisa ter dentro de uma classe.

“Nesse momento, percebemos a importância de dividir a turma ao meio, para que haja um acesso mais individualizado ao aluno. E isso tem ajudado muito para que possamos fazer um planejamento bem assertivo para 2022. Estamos atentos a essas ações para atender as demandas que nossas crianças estão apresentando”, finaliza.

Ministério da Educação

O 3º Encontro PIEC/PA contou com a participação de representantes do Ministério da Educação, entre eles estava a coordenadora geral de Apoio a Gestão Escolar, Raquel Pereira.

Raquel Pereira, coordenadora do MEC, participou do evento em Marabá

“Esses encontros locais são importantes para debater as dificuldades da região. Estamos aqui a convite da Undime/PA e do PIEC/PA e do Programa Educação Conectada. Vamos falar sobre o modo operacional, o dia a dia de como a escola faz para adquirir o recurso do governo federal, como presta conta, e como utiliza o recurso. É um bate papo, mas tirar dúvidas e ouvir as dificuldades e os desafios. É uma troca”. (Ana Mangas)