Uma mulher foi vítima de uma tentativa brutal de estupro na madrugada desta quarta-feira (9), em Marabá. Na tentativa de resistir à violência, ela foi implacavelmente esfaqueada pelo agressor. O suspeito do crime, Eudson Alves de Sousa, foi preso. Além do ato de bravura, a vítima foi peça-chave para a prisão do homem.
O crime aconteceu por volta das 5 horas da manhã, quando a vítima, que mora no KM 7, núcleo Nova Marabá, fechava a porta de sua residência e foi surpreendida com a entrada forçada do homem. Segundo informações do delegado Vinicius Cardoso das Neves, superintendente regional da Polícia Civil, Eudson já vinha assediando a mulher com insinuações grosseiras em via pública. Naquele dia, ele invadiu a casa dizendo que “queria ficar com ela”.
Com a recusa da vítima, os dois entraram em luta corporal e Eudson pegou uma faca e passou a ameaçá-la. Em um ato de coragem, a mulher segurou a arma com as mãos, para impedir o estupro. A reação defensiva resultou em cortes profundos nos dedos e nos braços da mulher, e são a prova de sua resistência para não ser violentada.
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A vítima ainda conseguiu arranhar o rosto do agressor durante a briga, o que ajudou a Polícia Militar a identificá-lo.
Foram os vizinhos que, após ouvirem os gritos da vítima, acionaram a Polícia Militar. Quando a equipe policial chegou ao local, a mulher estava sentada no chão, ensanguentada e em estado de choque. Além de contar aos policiais quem era o autor do crime, ela também informou onde ele poderia ser encontrado.
Eudson foi localizado com a faca suja de sangue na mão, em uma vila de quitinetes na mesma região. Ele se recusou a abrir o portão, e os policiais precisaram arrombar a porta para efetuar a prisão. Eudson apresentava cortes no rosto e admitiu que foram provocados pela mulher durante a tentativa de defesa.
Ambos foram levados ao hospital para atendimento médico e, em seguida, conduzidos à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). O agressor foi autuado em flagrante por tentativa de estupro e permanece à disposição da Justiça.
Embora a reação da vítima tenha sido um ato evidente de coragem, é fundamental lembrar que muitas mulheres, ao enfrentarem situações semelhantes, não conseguem reagir — o que jamais pode ser interpretado como fraqueza ou consentimento. Em casos assim, a culpa nunca é da vítima. A responsabilidade é sempre do agressor.
(Luciana Araújo, com informações da Polícia Civil)