Correio de Carajás

Marabá: Morre a tradicional ‘Tia Coló’ com suspeita de covid-19

 

Uma das figuras mais icônicas da Marabá Pioneira, onde explorou por três décadas a venda de caldo nas noites e madrugadas em seu bar, morreu neste sábado (9) Clotilde Marques da Silva, a popular ‘Tia Coló’. A veterana comerciante de 83 anos vinha padecendo dos sintomas de covid-19 nos últimos dias. No primeiro atendimento no início da semana foi medicada e mandada de volta para casa, depois retornou ao hospital já com dificuldades de respiração e ficou internada ontem. Não resistiu a uma parada cardíaca na madrugada de hoje.

Maranhense, ela adotou Marabá há muitos anos e aqui criou seus 10 filhos. O seu Bar da ‘Tia Colo’ foi um ícone nas décadas de 1980 e 1990 no primeiro trecho da Avenida Antônio Maia. Ao final de todos os eventos musicais, festas, eventos em geral, as mesas e cadeiras eram disputadas pelo marabaense para poder provar o famoso caldo servido na casa.

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Outra característica marcante dela era a pronta resposta para tudo, o que para alguns até poderia soar como desaforo, mas que para ela era a sua forma de participar das brincadeiras e piadas feitas pelos seus clientes.

Só levantou acampamento da Av. Antônio Maia nos anos 2000, após a venda do imóvel do bar e dos demais vizinhos, para o Armazém Paraíba, onde surgiria mais tarde a segunda grande loja dessa empresa no bairro. Consta que também foi pescadora e explorou venda de espetinhos no Centro comercial. Atualmente Tia Coló morava na Av. 7 de Junho. Já no atual período da pandemia, era vista vendendo máscaras feitas por uma de suas filhas e álcool em gel.

“Os festivais terminavam, o Fecam, festa junina, carnaval e o bar dela virava o ponto de encontro. Todos iam pra lá, não importava a classe social, a patente, iam todos provar do seu caldo. Vamos sentir muito a sua falta”, disse ao Correio de Carajás o amigo pessoal e ex-secretário de Cultura de Marabá, Wilson Teixeira, o Wilsão. Ao falar com o portal ele ainda estava sob o abalo da notícia. (Da Redação)