Reunindo grandes nomes da música brasileira, o Marabá Jazz Festival está de volta. Nos dias 11, 12 e 13 de agosto, o festival que já é reconhecido como um dos maiores de música instrumental da Amazônia, retorna ao palco do Carajás Centro de Convenções, em Marabá, no sudeste do Pará, reforçando o compromisso de valorizar a música instrumental feita no Brasil, sem deixar de dar destaque às produções locais. Na primeira noite da programação, entram em cena o guitarrista Bruno Fernandes, a pianista Iara Gomes e o compositor e multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo. O Marabá Jazz Festival conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
A primeira grande noite do Marabá Jazz abre os trabalhos com a participação de um músico já conhecido dos palcos do festival, mas que, nesta segunda edição, apresenta ao público o disco nomeado ‘Ribeirinho’. O guitarrista Bruno Fernandes irá se apresentar acompanhado de um quarteto convencional de cordas e adianta parte das novidades que o público poderá conferir, em primeira mão, no festival. “O disco chama-se ‘Ribeirinho’ e as faixas subirão nos streamings através de singles. Elas já estão prontas, mas eu vou lançar o primeiro single na noite do show”.
Natural da região do Baixo Tocantins, nascido em Tucuruí, Bruno Fernandes abraçou Marabá como seu local de morada há alguns anos e destaca a forte cena musical que encontrou no município que sedia o festival. O próprio retorno ao Pará depois de um período morando em outros estados se reflete no seu mais recente trabalho, um reencontro com as raízes amazônicas. “A expectativa para o festival é a melhor possível porque esse trabalho que eu vou lançar é fruto de muita pesquisa, de uma aceitação cultural que até então era muito difícil para mim. Eu sempre fui de outras vertentes e agora me vejo com células rítmicas extremamente amazônicas dentro dessa música”, revela. “O meu show é a materialização da cultura musical ribeirinha, com uma pitada de sofisticação através do jazz”, destaca Fernandes.
Leia mais:Violonista popular, tendo dedicado grande parte da vida a tocar e compor choros, Bruno também transitou por outros diferentes estilos, indo do reggae ao jazz. A diversidade exemplificada em sua própria carreira é destacada, por ele, como a versatilidade que caracteriza a música produzida na região. “A importância desse festival, principalmente para o polo da Região de Carajás, é ímpar porque nós temos aqui algo sociocultural que não se vê em lugar nenhum do Estado”, considera o músico, que na primeira edição do Marabá Jazz se apresentou integrando a Carajazz Marabá Orquestra Popular e o grupo Pirucaba Jazz. “A Região Carajás, de fato, tem algo que a difere um pouco de toda a extensão do Pará que conhecemos e este festival vem para arraigar, para deixar essa cultura mais forte”, ressalta o guitarrista.
Desembarcando diretamente da capital do país, a pianista Iara Gomes pisa em solo paraense pela primeira vez para também se apresentar no palco do Marabá Jazz Festival. A passagem pelo Estado do Pará era uma vontade antiga da musicista e que agora poderá se concretizar da melhor maneira possível: com música. “A expectativa é ter essa troca super gostosa com o público e poder levar um pouquinho do meu trabalho. Poder levar essa formação inteiramente feminina que eu estou levando, agora, que é uma grande alegria também conseguir isso”, considera. “Dentro da música instrumental, a gente sabe que ainda tem poucas mulheres sobressaindo na cena, como instrumentistas principalmente. Então, quanto mais mulheres no palco, a gente se sente bem representada ali”.
Com um show dedicado ao seu trabalho autoral, Iara destaca que a sua música será apresentada ao público do festival em uma formação que é novidade em suas produções. “A gente vai levar uma formação de piano, baixo, flauta – com alguns efeitos, inclusive – e uma percuteria que, na verdade, é a percussão mais ampliada”, adianta. “Quando procuram o meu som na internet, tudo que eu tenho gravado geralmente é feito com bateria. Então, a percussão é uma novidade muito legal que eu estou muito ansiosa para estrear nesse festival com essa formação de quarteto”.
Ainda que a internet possibilite que sua música alcance diferentes cantos do mundo, Iara Gomes não esconde que a troca presencial com o público é uma das coisas que mais a empolgam diante da experiência de tocar em festivais. “Isso é mágico! É maravilhoso que a gente chegue em outros públicos. Na internet tem coisas maravilhosas acontecendo, mas a energia de estar lá, de estar no local e de ter essa troca com um público é muito diferente, insubstituível. Então, com certeza é uma das coisas que mais me deixam animadas de participar, essa troca com público”.
A experiência única de sentir a troca genuína do público com as músicas compostas em diferentes momentos da carreira também é motivo de boas expectativas para o compositor e multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo. Com quase 50 anos de carreira, o músico leva ao Marabá Jazz o seu mais recente trabalho, “Cataia”, onde ele comanda o piano e a guitarra, acompanhado de uma formação de contrabaixo, bateria e trombone. “A expectativa é maravilhosa, positiva, irradiante. Quando você tem um show agendado, você ensaia, toca, inclui uma música nova no repertório e isso é um banho de alegria, uma motivação para você continuar compondo, tocando, reunindo”, considera. “Esse processo criativo é uma delícia e isso desemboca no palco. Então, vai ser muito bom! Estou feliz com o convite, de reunir essa moçada, são músicos maravilhosos que tocamos sempre juntos”.
Sobre o Marabá Jazz Festival
Inteiramente dedicado à música instrumental, o Marabá Jazz Festival realizou a sua primeira edição em maio de 2022, quando levou ao público de Marabá e de toda a Região Carajás uma boa dose da diversidade produzida pela música popular no Brasil. Consolidando o sucesso observado no ano passado, o festival prepara, para agosto deste ano, a sua segunda edição, com três noites de intensa programação inteiramente gratuita e acessível. Também pelo segundo ano, o Marabá Jazz Festival conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Serviço
O quê? Marabá Jazz Festival 2023
Quando? Dias 11, 12 e 13 de agosto.
Onde? Carajás Centro de Convenções – Marabá (PA).
Programação
Sexta, 11 de agosto de 2023
20:00 às 21:00 – Bruno Fernandes – (Guitarrista. Natural de Tucuruí-PA, radicado em Marabá-PA)
21:15 às 22:15 – Iara Gomes – (Pianista, compositora e arranjadora. Natural de Brasília-DF)
22:30 às 00:00 – Arismar do Espírito Santo – (Compositor e multi-instrumentista. Natural de Santos-SP)
Sábado, 12 de agosto de 2023
20:00 às 21:00 – Joabe Reis (Trombonista, produtor musical e compositor. Natural de Cachoeiro de Itapemirim-ES, radicado em São Paulo-SP).
21:15 às 22:15 – Nuno Mindelis (Guitarrista. Natural de Cabinda, Angola. Radicado em São Paulo-SP)
22:30 às 00:00 – Celso Pixinga (Contrabaixista. Natural de São Paulo-SP)
Domingo, 13 de agosto de 2023
18:00 às 19:00 – Dauro Remor (Violonista e compositor. Natural de Joaçaba-SC, radicado em Marabá-PA)
19:15 às 20:15 – Suka Figueiredo (Saxofonista, compositora e produtora musical. Natural do Rio de Janeiro-RJ, radicada em São Paulo-SP)
20:30 às 22:00 – Nilze Carvalho (Compositora e multi-instrumentista. Natural do Rio de Janeiro)
Informações
Jackson Gouveia – Cel: 94 98153-7452
Letícia Medeiros – Cel: 94 98441-0134
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Texto: Cintia Magno