Correio de Carajás

Marabá Jazz encerra terceira edição com noite de grandes surpresas

Patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Rouanet, Festival se despede do público com shows de Curimbó Tropeiro de Iracema, Ricardo Smith e Celso Pixinga

✏️ Atualizado em 27/09/2025 08h55

O Marabá Jazz Festival encerra sua terceira edição com uma noite marcada por músicas inéditas. No domingo (28), o palco do Cine Teatro Eduardo Abdelnor, no Núcleo Nova Marabá, recebe a banda Curimbó Tropeiro de Iracema, o violonista Ricardo Smith e o contrabaixista Celso Pixinga. Cada apresentação reserva surpresas que serão apresentadas em público pela primeira vez. O Marabá Jazz tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Com um setlist composto inteiramente por músicas inéditas, o Curimbó Tropeiro de Iracema leva ao Marabá Jazz Festival o seu rock psicodélico com toques de regionalidade. Tocando em casa, a banda, que é formada por Eduardo Fernandes na bateria, Tiago Barcelos na guitarra, Stênio Rodrigues no baixo e Yan Murilo na percussão e teremim, preparou um repertório especialmente para o festival. “A gente está fazendo um repertório bem diferente. Um repertório que a gente nunca tocou em nenhum local, todas as músicas serão inéditas, e a gente está bastante otimista com essa estrutura”, adianta o músico Tiago Barcelos. “Vai ser a nossa primeira oportunidade de tocar num evento dessa envergadura, com uma equipe técnica tão capacitada, profissionais de alto nível, com equipamentos de excelência. E estamos bem animados para tocar em casa, diante dos nossos amigos, familiares e outras pessoas que irão lá prestigiar”.

Tiago adianta que o show conduzirá o público por diferentes climas, iniciando com um momento mais tranquilo, que depois pode ser desconstruído pelos riffs mais pesados e dissonantes do rock and roll. “E vamos fazer, dentro dessas músicas, algumas releituras de alguns trabalhos que nós já fizemos. Nós temos dois EPs lançados e vamos lançar o terceiro agora. Então, a gente fez algumas bricolagens, pegando alguns trechos de algumas músicas e cortando e colando com outras”.

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O público também poderá esperar boas surpresas da apresentação do violonista Ricardo Smith, que se apresenta em quarteto. Apesar de já ter feito shows em Marabá com outros projetos, o compositor destaca que o formato atual apresenta peculiaridades. “Estamos bastante animados para apresentar nosso trabalho para o público de Marabá. Ainda mais, se tratando de uma região que faz parte da minha trajetória pessoal, onde tenho muitos amigos queridos”.

Como de costume nas apresentações de Ricardo Smith, o show preparado para o Marabá Jazz traz composições que vão desde o período inicial da carreira do músico até músicas muito recentes, como a inédita ‘Marabá’ que será apresentada pela primeira vez em público no festival, uma homenagem à cidade. “As sonoridades amazônicas, que influenciam todo o meu trabalho, acabam sendo potencializadas com a bateria e a percussão idealizadas pelo Carlos Canhão e executadas por ele e pela Tâmara Almeida. Soma-se a isso a precisão do baixo do Caco. O resultado é uma música que mistura muitos elementos, como o improviso jazzístico e o violão clássico”, adianta Ricardo. “O público pode esperar uma apresentação bastante diversificada nesse sentido”.

Fechando em grande estilo a terceira e última noite do Marabá Jazz Festival 2025, o contrabaixista, compositor, arranjador, diretor musical e educador Celso Pixinga também tem encontro marcado com o público do Sudeste do Pará. Pixinga se apresentaria pela primeira vez em Marabá em 2023, na segunda edição do Marabá Jazz, mas um acidente sofrido pelo músico dois dias antes da programação fez com que a espera se prolongasse mais do que o previsto.

Mas neste ano, quando o festival celebra a sua terceira edição, o músico, que já foi reconhecido pela crítica especializada como o baixista com o slap mais rápido do mundo, leva ao festival o show “Quase Acústico 2”, marcado por clássicos do jazz e músicas autorais que representam a sua história musical. “Estou ansioso em poder mostrar meu trabalho ao vivo, ao público do Sudeste do Pará”.

Com uma trajetória permeada por parcerias que marcaram a história da música instrumental brasileira, ao longo de sua carreira, Pixinga já teve o privilégio de acompanhar ícones como Gal Costa, Evandro Mesquita, Jane Duboc, Wanderléa, entre outros grandes nomes. Na música instrumental, também tocou com artistas internacionais como Dave Weckl, Gonzalo Rubalcaba, Victor Wooten, Michael Manring, Steve Bailey e outros.

No Marabá Jazz, ele sobe ao palco em trio: ele segue no baixo, acompanhado pelos músicos Igor Willcox na bateria e Henrique Mota nos teclados. “Este som é uma mistura de jazz, música brasileira e fusion. Estou iniciando a turnê do Trio em Marabá. Espero que todos gostem!”.

Luciana Gondim, diretora executiva do Instituto Cultural Vale, destaca que a programação celebra a música instrumental brasileira e amplia o acesso à cultura. “O Instituto patrocina o Marabá Jazz Festival desde a sua primeira edição. Iniciativas como essa contribuem para a democratização da cultura, fortalecem a economia criativa e reforçam o poder transformador da música”, afirma Luciana.

Sobre o Marabá Jazz Festival

Consolidado como um dos maiores festivais de música instrumental da Amazônia, o Marabá Jazz Festival chega à sua terceira edição com uma programação marcada pela diversidade da música popular produzida no Brasil. Durante três noites, o público de Marabá e de toda a Região Carajás tem acesso aos trabalhos que vêm sendo produzidos por grandes músicos da cena instrumental brasileira, alguns deles se apresentando pela primeira vez no Estado do Pará. Ampliando e democratizando o acesso ao melhor da música instrumental, o Marabá Jazz Festival conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Serviço

O quê? Marabá Jazz Festival – 3ª edição

Quando? Dias 26, 27 e 28 de setembro.

Onde? Cine Teatro Eduardo Abdelnor – Marabá (PA).

Horário: 19h

Classificação: Livre

Ingressos: Entrada gratuita.

Patrocínio: Instituto Cultural Vale

Incentivo: Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais

 

Programação

Domingo, 28 de setembro de 2025

Curimbó Tropeira de Iracema (Eduardo Fernandes na bateria, Tiago Barcelos na guitarra, Stênio Rodrigues no baixo e Yan Murilo na percussão e teremim)

Ricardo Smith (Ricardo Smith no violão, Carlos Canhão na bateria e percussão, Tâmara Almeida na percussão, Caco Darwich no baixo)

Celso Pixinga (Celso Pixinga no contrabaixo, Henrique Mota no piano e teclados, Igor Willcox na bateria)