Correio de Carajás

Marabá inicia 2ª etapa de vacinação contra a gripe

Dona Maria recebeu a vacina dentro do carro / Fotos: Josseli Carvalho

A movimentação em postos de saúde, associações e hospitais de Marabá começou cedo nesta sexta-feira (17), reflexo do início da segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Desta vez, o público-alvo são agentes de segurança e salvamento e pessoas com doenças crônicas, comorbidades e outras condições clínicas especiais. Também estão contemplados nesta fase caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo e portuários. As três categorias foram incluídas porque, prestando serviços essenciais, estão mais expostas à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Até agora, apenas pessoas com mais de 60 anos e profissionais da área da saúde podiam receber a vacina na rede pública. Entretanto, aqui em Marabá, devido à cheia dos rios, parte do pacote da primeira fase foi aplicada em famílias flageladas. Isso provocou uma ruptura no calendário do Ministério da Saúde, fazendo com que os idosos e os profissionais de saúde não recebessem as 13 mil doses destinadas ao município. Na ocasião, as vacinas se esgotaram em menos de 48 horas. A situação chegou a ser denunciada pelos vereadores Irismar Nascimento Araújo Melo e Marcelo Alves dos Santos junto ao Ministério Público Federal (MPF).

Como parcela considerável de idosos ficou sem receber a dose na primeira etapa, muitos se dirigiram aos locais de vacinação ao longo do dia a fim de que pudessem se imunizar, a exemplo da aposentada Maria Martins, de 83 anos. Ela narra que esteve no Centro de Saúde Enfermeira Zezinha, na Folha 23, ainda na primeira etapa, mas o que encontrou foi estoque vazio. “Cheguei ao posto e me disseram que acabou (se referindo às vacinas), então eu voltei para casa e esperei a nova fase da campanha”, relata ela.

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Dirceu Barroso, gerente do posto Hiroshi Matsuda, situado na Folha 11, relembra que a vacina é destinada a caminhoneiros, profissionais das forças de segurança, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. “Quem é caminhoneiro ou motorista de transporte coletivo, deve trazer a carteirinha ou algum documento que prove ser ele um profissional em atividade”, orienta ele.

No Centro de Saúde Hiroshi Matsuda, que recebeu 500 doses, o atendimento por volta das 11 horas desta sexta-feira era tranquilo, com filas de pequena proporção. Não haverá expediente no sábado, domingo e na próxima terça-feira (21), feriado de Tiradentes. Na avaliação do gerente, contudo, as vacinas devem acabar ainda na segunda-feira (20).

Para Dirceu, apesar de não ter eficácia contra a Covid-19, a vacina contra o vírus influenza auxilia os profissionais de saúde a excluírem o diagnóstico da gripe, visto que as duas enfermidades apresentam sintomas parecidos, permitindo chegar com mais rapidez à identificação do Sars-CoV-2 (coronavírus).

SAIBA MAIS

A meta da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe é vacinar pelo menos 90% de cada um desses grupos até 22 de maio. O dia “D” de mobilização nacional para a vacinação será em 9 de maio. De acordo com o Ministério da Saúde, todos os estados foram abastecidos. No ano passado, o país registrou 5.800 casos e 1.122 mortes pelos três tipos de influenza. A vacina, composta por vírus inativado, protege contra os três vírus que mais circularam no Hemisfério Sul no ano passado: Influenza A (H1N1), Influenza B e o subtipo da Influenza A (H3N2).

(Da Redação)