O 1º Seminário de Boas Práticas na Cadeia Produtiva do Açaí, organizado pelo Setor de Comunicação e Educação Sanitária (SCES) da Secretaria Municipal de Saúde, vai acontecer na próxima terça-feira (31), no auditório da Secretaria Municipal de Educação, em Marabá. O evento, que inicia às 9h, abordará os cuidados que devem ser tomados desde o controle de origem da matéria-prima até a fase de comercialização do produto já processado.
Silvio Ferreira, técnico da Vigilância Sanitária e Ambiental, e Patrícia Assis, que é pedagoga, e compõem a SCES, estiveram na redação deste CORREIO para falar sobre o assunto que diz respeito tanto à economia local quanto à saúde pública.
“Nesta região, conhecida como a maior produtora e consumidora mundial de açaí in natura, há um risco associado a essa prática que merece atenção: a transmissão da Doença de Chagas por meio do barbeiro”, introduz Silvio, acrescentando que a preocupação está ligada ao fato de a região ser rica em floresta, um habitat natural que favorece a propagação da enfermidade.
Leia mais:Segundo ele, Belém, Santa Isabel e várias cidades do Pará têm observado um aumento nos casos relacionados a essa condição. No entanto, o técnico afirma que o município de Marabá conseguiu a façanha de não registrar nenhum caso há cinco anos, e está empenhado em manter esse índice.
Para alcançar esse objetivo e conscientizar a população sobre a importância da prevenção, o seminário contará com palestras orientativas de diversos profissionais ligados à cadeia produtiva do açaí: “haverá um veterinário abordando a higienização, especialistas discutindo questões de consumo e cultura, além de um técnico agroindustrial que falará sobre oportunidades de trabalho, financiamento e a importância de legalizar a produção”, antecipa.
Silvio ressalta que a política social de bom convívio com o açaí tem sido maravilhosa em Marabá, e o município tem se destacado na produção e exportação do fruto, especialmente no caso da polpa. Ele cita comunidades como a Vila Santa Fé, cuja economia gira em torno do açaí e fala da importância de não deixar a ignorância e, consequentemente, o pânico travar esse mercado que é a fonte de sustento de milhares de famílias.
“A atitude responsável da cidade e de seus órgãos reguladores contribui para um ambiente saudável e próspero para os produtores locais e todos os que apreciam o produto”, enfatiza o técnico, falando da importância de se orgulhar do papel que Marabá desempenha nessa cadeia produtiva, incentivando uma convivência saudável e a prevenção da doença de Chagas. (Thays Araujo)