Na manhã de hoje, quarta-feira (30), um caminhão descarregou 1 mil botijões de gás no principal distribuidor da Supergasbras em Marabá. Esse é todo o gás que há na cidade e, conforme apurou a Reportagem junto ao fornecedor, apenas ele vende pelo menos 500 botijões ao dia, ou seja, provavelmente amanhã não haverá mais oferta do produto. O distribuidor informou, ainda, que aguarda mais dois caminhões, previstos para chegarem na cidade apenas na sexta-feira (1º).
Os outros distribuidores não têm mais o que comercializar. A principal revenda do selo Paragás, por exemplo, que possui sete pontos de distribuição na cidade – sendo que cada uma vende, em média, entre 50 e 60 botijões por dia – disse à Reportagem que não possui o produto desde a última sexta-feira, dia 25.
Raimundo Ribeiro de Souza Júnior, que vende a marca, afirma que o estoque dele acabou no último sábado, dia 26. “Não há gás. Nunca se resolveu e estamos sem. O que sabemos é que não há mais gás durante toda a semana e está todo mundo na necessidade”, afirmou, informando que vendeu a R$ 75 as últimas unidades e que soube da chegada de um caminhão da Liquigás durante a semana, mas que a carga também já foi comercializada.
Leia mais:Josemiro Sirqueira Rodrigues, que possui um comércio de gás na Folha 16, afirma que provavelmente terá que aumentar o preço do produto quando ele for reabastecido. “Não tem gás e a gente está esperando para ver se conseguimos pedir por um desvio para atender aos nossos clientes. Antes da greve estava R$ 75. O último eu vendi a R$ 80 e agora já terei que cobrar R$ 85”.
Diariamente, ele diz vender cerca de 50 botijões. “Estamos no impasse, não temos certeza se chega e creio que não há mais gás em local nenhum”, acrescenta mostrando o depósito lotado de botijões vazios.
Luís Borges, proprietário de uma revenda na Folha 23, também afirma que o estoque dele zerou na última sexta e os poucos botijões que sobraram ele armazena para clientes que trabalham com cozinha. “Eu nem falo que tenho para não dar confusão. Estamos aguardando chegar da base e isso está dependendo do desbloqueio das rodovias”, diz, explicando que o gás que revende chega de Belém. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)