Correio de Carajás

Marabá entra na onda da energia sustentável

Empresas e residências de Marabá estão, aos poucos, buscando oferta por fontes de energias limpas e renováveis que as tornem menos reféns da atual matriz energética imposta pelos governos. Embora o valor de microgeradores de energia solar ainda sejam considerados caros, seus preços caíram bastante nos dois últimos anos e Marabá já conta com, pelo menos, cinco empresas que oferecem o sistema.

A disseminação e popularização dessas tecnologias ainda esbarra em vontades políticas, legislações frágeis e o próprio custo dos equipamentos. Entretanto, crescem as possibilidades para que os marabaenses deixem de tomar choque com aumentos inesperados na conta de luz e que agridem o bom senso e o bolso.

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Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicam que o setor vem crescendo na média dos 300% ao ano. Ao final de 2017, um total de 1.000 megawatts (MW) era a estimava gerada em energia solar no País, um salto de 325%, se comparado aos 235 MW de julho do mesmo ano e o suficiente para abastecer cerca de 60 mil residências com até cinco pessoas cada.

Igreja dá exemplo

A Igreja Cristã Maranata, no Bairro Laranjeiras, é um exemplo de investimento em energia solar em Marabá. Segundo Alex Sandro de Souza, o sistema de geração de energia da referida igreja está produzindo 3.000 kwh, que atende outros quatro templos nesta cidade, gerando energia de um só lugar e jogando na rede da Celpa, que desconta os créditos que sobram nos talões de energia dos imóveis cadastrados no seu sistema. Isso reduziu em cada talão cerca de 80% do consumido, esperando atingir uma meta ainda melhor.

A instalação na congregação foi feita pela empresa Task Energy, e Alex Sandro lembra que Marabá tem um clima tropical e bastante incidência solar e que o investimento é altamente seguro e confiável. “Além disso a energia solar já é existente no mundo a mais de 3 décadas o Brasil recebe uma insolação (número de horas de brilho do Sol) superior a 3000 horas por ano, sendo que na região Norte e Nordeste há uma incidência média diária entre 4,5 a 6 kWh. É o país com a maior taxa de irradiação solar do mundo”, diz.

Procurada pela Reportagem do CORREIO, a Celpa informou que entre Marabá e Parauapebas há 20 consumidores que possuem geração própria em baixa tensão, sendo a maioria residências. Todavia, para que o cliente injete na rede a energia gerada excedente, ou seja o sistema de compensação, é obrigatório a anuência da distribuidora de energia e a empresa precisa comprovar habilitação técnica. Embora o sistema de geração seja do cliente, a medição do consumo mensal é da própria Celpa.

Diferença no bolso

Márcio Costa Ferreira, comerciante, chamou a atenção dos moradores de sua rua, no Novo Horizonte, por ser o primeiro a instalar placas solares em sua residência. Na sua concepção, energia solar não é custo, mas investimento. “Quando eu instalei, há dois anos, para pagar o investimento levava sete anos. Hoje, se paga em quatro. Estou satisfeito porque consegui reduzir a conta da luz”, conta. Márcio exemplifica que para sua casa, de 300 m², colocou 40 placas ao custo de 1.000 reais cada. “Eu gastava em torno de 1.200 watts por mês e 900 reais de conta até o meio de 2016. Hoje, pago apenas a taxa de 70 a 75 reais e tenho uma produção de energia maior que o meu consumo. E o que eu não consumo vai pra RGE, mas tenho até 60 meses para utilizar esse crédito, que hoje está em torno de 5 mil kilowatts”. (Da Redação)

 

Empresas e residências de Marabá estão, aos poucos, buscando oferta por fontes de energias limpas e renováveis que as tornem menos reféns da atual matriz energética imposta pelos governos. Embora o valor de microgeradores de energia solar ainda sejam considerados caros, seus preços caíram bastante nos dois últimos anos e Marabá já conta com, pelo menos, cinco empresas que oferecem o sistema.

A disseminação e popularização dessas tecnologias ainda esbarra em vontades políticas, legislações frágeis e o próprio custo dos equipamentos. Entretanto, crescem as possibilidades para que os marabaenses deixem de tomar choque com aumentos inesperados na conta de luz e que agridem o bom senso e o bolso.

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Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicam que o setor vem crescendo na média dos 300% ao ano. Ao final de 2017, um total de 1.000 megawatts (MW) era a estimava gerada em energia solar no País, um salto de 325%, se comparado aos 235 MW de julho do mesmo ano e o suficiente para abastecer cerca de 60 mil residências com até cinco pessoas cada.

Igreja dá exemplo

A Igreja Cristã Maranata, no Bairro Laranjeiras, é um exemplo de investimento em energia solar em Marabá. Segundo Alex Sandro de Souza, o sistema de geração de energia da referida igreja está produzindo 3.000 kwh, que atende outros quatro templos nesta cidade, gerando energia de um só lugar e jogando na rede da Celpa, que desconta os créditos que sobram nos talões de energia dos imóveis cadastrados no seu sistema. Isso reduziu em cada talão cerca de 80% do consumido, esperando atingir uma meta ainda melhor.

A instalação na congregação foi feita pela empresa Task Energy, e Alex Sandro lembra que Marabá tem um clima tropical e bastante incidência solar e que o investimento é altamente seguro e confiável. “Além disso a energia solar já é existente no mundo a mais de 3 décadas o Brasil recebe uma insolação (número de horas de brilho do Sol) superior a 3000 horas por ano, sendo que na região Norte e Nordeste há uma incidência média diária entre 4,5 a 6 kWh. É o país com a maior taxa de irradiação solar do mundo”, diz.

Procurada pela Reportagem do CORREIO, a Celpa informou que entre Marabá e Parauapebas há 20 consumidores que possuem geração própria em baixa tensão, sendo a maioria residências. Todavia, para que o cliente injete na rede a energia gerada excedente, ou seja o sistema de compensação, é obrigatório a anuência da distribuidora de energia e a empresa precisa comprovar habilitação técnica. Embora o sistema de geração seja do cliente, a medição do consumo mensal é da própria Celpa.

Diferença no bolso

Márcio Costa Ferreira, comerciante, chamou a atenção dos moradores de sua rua, no Novo Horizonte, por ser o primeiro a instalar placas solares em sua residência. Na sua concepção, energia solar não é custo, mas investimento. “Quando eu instalei, há dois anos, para pagar o investimento levava sete anos. Hoje, se paga em quatro. Estou satisfeito porque consegui reduzir a conta da luz”, conta. Márcio exemplifica que para sua casa, de 300 m², colocou 40 placas ao custo de 1.000 reais cada. “Eu gastava em torno de 1.200 watts por mês e 900 reais de conta até o meio de 2016. Hoje, pago apenas a taxa de 70 a 75 reais e tenho uma produção de energia maior que o meu consumo. E o que eu não consumo vai pra RGE, mas tenho até 60 meses para utilizar esse crédito, que hoje está em torno de 5 mil kilowatts”. (Da Redação)