A abertura da IX Olimpíadas Especiais das APAES do Pará aconteceu esta semana, no ginásio do Colégio Alvorada, no núcleo Cidade Nova. O evento desenvolvido pela Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos de Excepcionais (Fenapaes) encerra-se nesta sexta-feira, 26. Cerca de 200 atletas de diversas delegações do Estado participam do evento. Somente a Apae Marabá tem 22, nesta edição. O evento conta com a participação da Prefeitura de Marabá.
Professor Jessé Vitor, coordenador de Esportes da Apae, explica que dentre as modalidades disputadas estão: futsal, atletismo, natação, tênis de mesa, bocha e ginástica rítmica. Para ele, a realização da etapa no interior do estado foi uma decisão conjunta que deu certo.
“Essa etapa é um grande sonho, geralmente realizamos na capital Belém, mas surgiu a ideia de prestigiar o interior do estado, com um evento como esse em prol da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, em parceria com Apae Marabá, a Federação Estadual das Apaes resolveu trazer para cá essa edição e a cidade abraçou. Estamos felizes, a expectativa lá em cima”, observa o coordenador.
Leia mais:Suely Labres, coordenadora clínica e recursos humanos, informa que as competições ocorrem em espaços de parceiros como o Clube Círculo Militar (CCM), Estação Conhecimento e o Colégio Alvorada.
“As olimpíadas estão no calendário da Apae. A Federação estipulou todas as afiliadas para fazer porque através do esporte as pessoas com deficiência também se identificam bastante. É também momento para a gente interagir, se conhecer, confraternizando” observa a coordenadora.
Marcelo Gomes, professor de Educação Física na Apae Marabá, está otimista com o entusiasmo dos alunos.
“Tivemos a etapa regional em abril e agora visamos a nacional que será em Sergipe no final do ano. Estamos conquistando bons resultados, já temos segundo lugar no futsal e estamos satisfeito”, enfatiza o professor.
O atleta Ari Castro, 55 anos, compete na modalidade atletismo e estava confiante nos resultados.
“Tá sendo sinal de superação sem limites. Nunca esperava que na minha idade eu ainda fosse capaz de participar de uma prova de atletismo, corrida, arremesso, pelota. Só um ser superior mesmo pra fazer isso comigo. Eu já estava pensando que minha vida estava resolvida. Pensei que iria ficar naquela média mesmo. Eu vim buscar medalhas, até porque já tenho seis e tenho de me esforçar. Já participei da regional, não tem lógica esmorecer agora”, declara Ari.
Nádila Galina, 21 anos, também buscava bons resultados na corrida e arremesso. “Eu quero ir com tudo e vencer. Como levei na primeira, quero na segunda vez. É a primeira vez que participo da competição e quero seguir”, afirma a atleta. (Ascom/PMM)