Atualização 4 de março de 2019 por
Líder maior da Igreja Católica em Marabá, o bispo dom Vital Corbelini anunciou esta semana importantes mudanças na Diocese e que surpreenderam muitos fieis no dia 1º de março, quando a notícia foi a público. Depois de 18 anos à frente do Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, o padre Ademir Gramelik foi transferido para assumir como titular da Paróquia de São Félix de Valois e, portanto, vigário da Catedral. Já o padre Aelson Vieira, que estava nessa condição, irá assumir a Paróquia de São Pedro e São Paulo, em Canaã dos Carajás. O padre Peterson Guadalupe deixa Canaã para assumir o Santuário em Marabá.

Foi o próprio padre Ademir que confirmou ao CORREIO ontem quando perguntado sobre as mudanças. Ele disse ter recebido bem a decisão e vê como um novo e importante desafio na sua vida religiosa. Confirmou que deverá acontecer uma posse formal depois do segundo domingo da Quaresma, mas que na quarta-feira de cinzas já assume as funções. Também explicou que as mudanças não foram decisão isolada do bispo, mas emanadas do Conselho de Presbíteros da Diocese e as transferências estão previstas no Código de Direito Canônico.
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Muitos fieis ainda se mostravam reticentes ontem com as mudanças, apegados aos líderes religiosos que até então respondiam pelas igrejas. Padre Ademir, então, tem em seu histórico o erguimento do templo do santuário, com a beleza e grandiosidade que tem hoje na Folha 16, além do crescimento do Círio de Marabá ao longo dos últimos 15 anos, tornando-o um dos maiores do Pará.

Membro da comunidade na Folha 16, o comerciante Mauro Souza disse que Ademir vai fazer muita falta, mas em contrapartida a catedral vai ter um grande ganho com um padre experiente e que sempre estruturou as igrejas em que trabalhou e aumentou a frequência de fieis. “Fico feliz por um lado, dele estar assumindo as origens da Igreja Católica em Marabá, mas sinto a perda para a nossa comunidade. Torço que consiga, lá, o êxito que conseguiu aqui na Folha 16”, disse o amigo.
Paroquiano na Marabá Pioneira, Wilson Paixão, o Lapeta, disse que lá a mudança repentina deixou a todos perplexos e que a comunidade esperava ter sido ouvida sobre a perda do padre Aelson.

Muito queridos por suas respectivas ovelhas nas comunidades que vinham liderando, os padres Ademir e Aelson vão ser alvo de despedidas durante as missas deste final de semana, em especial no domingo.
Na Paróquia de Nossa Senhora as duas missas de domingo, uma às 8 horas e outra às 19h30, marcam a despedida do padre Ademir. Na São Félix de Valois, a despedida do padre Aelson será na última missa presidida por ele, na terça-feira de Carnaval, às 19h30, na Catedral, seguida de um coquetel promovido pela comunidade para homenageá-lo. (Da Redação)