Não é de hoje que a Câmara Municipal de Marabá, através de seus vereadores, vem cobrando que a gestão municipal retome os serviços de cirurgias eletivas em Marabá. Após quase nove meses da atual gestão, o serviço ainda não está em funcionamento, levando a milhares de pessoas a não poder realizar o seu procedimento cirúrgico.
A vereadora Vanda Américo lembrou que esteve junto com a colega Dra. Cristina Mutran na sede do Ministério Público Estadual para firmar um TAC com o município, visando que as cirurgias eletivas sejam retomadas. “Esta situação não pode ficar em aberto. O que está acontecendo, na prática, são várias denúncias de pacientes. Marabá nunca teve uma receita como agora. E nunca tivemos uma crise de saúde mais séria do que vivemos neste momento”, alertou.
A previsão do término do pronto socorro do Hospital Municipal é para dezembro deste ano e irá funcionar em março. “Não podemos esperar até lá para que nossa população seja atendida”, advertiu.
Leia mais:A vereadora informou que o MPPA ficou de elaborar uma minuta para firmar um TAC, com o objetivo de garantir o retorno das cirurgias eletivas. Para a Promotoria da Saúde, já deveria estar ocorrendo o credenciamento de locais para realizar as eletivas, enquanto o novo Pronto Socorro começa a operar.
Pedro Corrêa disse que esteve no gabinete do secretário de saúde, Werbert Ribeiro, e cobrou a retomada das eletivas. “Quando você vê muitas pessoas cobrando as cirurgias eletivas é sinal que a fila está muito grande”, ponderou Pedrinho.
De acordo com ele, o secretário revelou que existem aproximadamente 4.500 pessoas na fila para atendimento com esse serviço. “Werbert Ribeiro falou da construção do pronto socorro, mas está muito longe. E demorará em resolver essa situação emergencial. É preciso abrir um credenciamento para que hospitais possam se habilitar para o processo. Não dá para ficar aguardando solução para três, quatro meses”, avaliou Pedrinho.
O vereador Ubirajara Sompré disse não entender por que a Prefeitura de Marabá não firma parceria com o Hospital Santa Terezinha, que sempre realizou cirurgias eletivas para a gestão municipal. “Queria entender a questão do Santa Terezinha, a gente liga no hospital e está atendendo normal o centro cirúrgico. Quero saber o que está faltando para o credenciamento do local para acelerar as cirurgias eletivas para o atendimento da população”, disse ele.
A vereadora Cristina Mutran também se posicionou sobre a questão e pediu empenho da gestão para resolver o problema. De acordo com ela, atualmente as cirurgias eletivas estão paradas, e antes aconteciam, mesmo que lentamente. “A fila tem que andar, as cirurgias têm de acontecer. Estamos observando um acúmulo cada vez maior. Só de cirurgias ginecológicas, de mulheres sangrando, temos numa faixa de 2.700 mulheres aguardando. É preciso que haja um acordo entre a Secretaria de Saúde e uma unidade hospitalar para realizar essas cirurgias. A prefeitura está dando prazo de seis meses para dar início as cirurgias eletivas, o que é muito longo”, finalizou a vereadora.