Em cinco dias os casos suspeitos de sarampo em Marabá subiram de 21 para 27. Segundo relatos de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde, 8 casos já estariam confirmados. Mas até agora, o anúncio oficial confirma dois casos da doença, que acometeu uma criança e um adulto, respectivamente na zona rural e urbana da cidade.
Segundo a Diretora de Vigilância em Saúde, Sabrina Acyoly, os pacientes suspeitos estão em investigação. “Colhemos o material e enviamos a primeira mostra para o Lacem em Belém, onde se faz o diagnóstico do Sarampo, e entre 15 a 25 dias será mandada a segunda amostra. Apenas com o resultado desta é que se confirma ou descarta o caso então. Então oficialmente temos 27 casos em investigação e 2 confirmados. Esses dois já foram enviados os relatórios com a confirmação da doença”, explica.
Como o ciclo de incubação e contágio da doença é de cerca de 12 dias, o que não permite a análise e entrega dos laudos em tempo hábil, a orientação imediata para a população, especialmente as de faixa etária de risco é a de se dirigir aos postos de saúde e realizar a vacinação. “A prevenção do sarampo na verdade é a vacinação. O sarampo é uma doença imunoprevenível, ou seja, só a vacina protege contra o sarampo. Segundo estudos do Ministério da Saúde, as faixas etárias de seis meses a cinco anos e de 20 a 29 anos são as mais suscetíveis de adquirir a doença, por isso, pedimos que busquem a vacinação nos postos mais próximos”, alerta a Diretora.
Leia mais:Para os pacientes com suspeita de sarampo, Sabrina Acyoly recomenda o repouso como medida a evitar a propagação da doença. “O sarampo é transmitido pelo ar, por gotículas de saliva. Então ao respirar e inspirar, você transmite o vírus e quem não está imunizado, e dependendo do estado imunológico, está suscetível a adquirir a doença. Por isso, a recomendação é de que os pacientes suspeitos fiquem em casa, de repouso, evitem sair de casa e o contato com outras pessoas”, explica Sabrina.
Ainda de acordo com a Diretora de Vigilância em Saúde, os casos suspeitos estão distribuídos nas diversas regiões de Marabá. “Temos pacientes suspeitos no núcleo Cidade Nova, Velha Marabá e Nova Marabá. A vigilância epidemiológica junto com a atenção básica está fazendo uma movimentação para a prevenção do sarampo, em todas as áreas cobertas e descobertas da cidade”, afirma Sabrina.
AÇÃO IN LOCO
A atenção básica por meio da Assistência de Saúde da Família, está realizando o monitoramento do de vacinação, de toda a área coberta da cidade, indo de casa em casa, analisando a situação vacinal dos moradores, além de fazer um planejamento de ação das áreas descobertas, como explica a enfermeira Gabriela Bandeira. “Os agentes do Saúde na Família fazem essa mediação entre o posto e a casa. Os agentes vão até as casas, fazem o levantamento de quem já foi vacinado. Quem não tomou vacina, levamos a vacina o mais próximo possível, em um local onde todos possam ir a pé fazer a vacina; ou mesmo até a casa da pessoa, caso ela não possa se locomover. Em nosso trabalho in loco, já conseguimos garantir uma boa cobertura. Só nesta manhã consegui fazer 50 doses de vacina na área onde eu atendo, um número alto. Mas precisamos divulgar ainda mais”, afirma Gabriela.
Além disso, a enfermeira adianta que todas as áreas descobertas da cidade serão atendidas pela Assistência de Saúde da Família. “A secretaria de Saúde autorizou esta semana que façamos plantões no sábado e no domingo para cobrir as áreas descobertas, do mesmo modo que estamos fazendo nas áreas cobertas. Nosso objetivo é conseguir alcançar a maioria da população”, resume. (Bianca Levy)