Quase um ano e meio após o assassinato de Maxuel Sousa da Silva, ocorrido em 26 de março de 2023, um dos acusados pelo crime, João Victor Soares Sales, foi condenado a 14 anos de prisão. Na quinta-feira (22), o conselho de jurados reunido no Tribunal do Júri do Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá, reconheceu a participação dele no homicídio qualificado. João Victor vai cumprir a pena inicialmente em regime fechado.
Conforme o Ministério Público do Estado do Pará, que fez a acusação por meio da promotora de justiça Cristine Magella, o condenado prestou auxílio a Cleiton Pereira da Silva, acusado de ser o autor dos disparos efetuados à queima-roupa contra a vítima. Cleiton está foragido. Os advogados que atuaram na defesa foram Gladistone Santos de Souza e Karla Karen Santos Carvalho. O júri foi presidido pela juíza Alessandra Rocha da Silva Souza.
Com a condenação, a justiça entende que João Victor deu suporte durante a execução e evasão do crime. Ele se manteve próximo a Cleiton no momento dos disparos e auxiliou na fuga após o cometimento do homicídio. A vítima não teve chance de defesa.
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Maxuel Sousa da Silva foi assassinado a tiros na madrugada de 26 de março de 2023, no cruzamento da Rua Manoel Bandeira com a Avenida Maria Adelina, no Bairro Liberdade, em Marabá. Os autores, João Victor Soares Sales e Cleiton Pereira da Silva, consumiram o ato usando uma arma de fogo, impossibilitando a defesa da vítima.
A vítima estava em uma casa de shows, enquanto a dupla se encontrava pelas proximidades do local. Ao avistar Maxuel, Cleiton atirou nele, que morreu devido aos ferimentos.
O assassinato teve repercussão em toda a cidade e quase um ano e seis meses depois tem desfecho com a condenação de um dos envolvidos. A justiça procura pelo outro envolvido.
PRESO POR ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
Conforme divulgado por este CORREIO, após o crime, João Victor Soares Sales foi preso em 5 de junho de 2023 por associação criminosa. A prisão aconteceu na Rodovia Transamazônica (BR-230), sentido ao município de Itupiranga, próximo ao Aeroporto João Corrêa da Rocha.
Com ele foram detidos mais quatro homens. O grupo era investigado por funcionar como uma espécie de quadrilha especializada em roubo de cargas em Marabá e região. Dos cinco presos em flagrante, três eram foragidos e apenas João Victor possuía um mandado de prisão em aberto pelo crime de homicídio contra Maxuel. O quinto indivíduo não era procurado pela Justiça.
Na época, a quadrilha estava dividida em dois veículos, sendo três em um carro Fiat Argo e quatro em um micro-ônibus alugado, que serviria para colocar a carga roubada de um crime que viria a ser cometido.
(Milla Andrade)