Correio de Carajás

Mais um suspeito de participação em dois triplos homicídios é preso

A equipe da Polícia Militar de Nova Ipixuna divulgou ter prendido nesta tarde, segunda-feira (1ª), Cosme Francisco Alves, apontado pela Polícia Civil como um dos executores que participaram das mortes de seis pessoas na zona rural de Baião, nordeste paraense, há dois finais de semana.

Dentre as vítimas estão a coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Dilma Ferreira da Silva, de 45 anos; o marido dela, Claudionor Costa da Silva, de 42 anos; o vizinho do casal, Milton Lopes, de 38 anos; além de três funcionários de uma fazenda que tiveram os corpos carbonizados e cujas identificações ainda não foram divulgadas.

No último dia 26, terça-feira, a Polícia Civil prendeu o suspeito de ser o mandante dos dois triplos homicídios, Fernando Ferreira Rosa Filho, de 43 anos. Ele é o dono da fazenda onde os três funcionários foram mortos. Tratava-se de um casal de caseiros e um tratorista que tiveram os corpos queimados.

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A propriedade está localizada a 14 km do Assentamento Salvador Alhende, onde foo morta Dilma e os dois homens no início da madrugada do dia 22. Dentre os executores, afirma a Polícia Civil, além de Cosme Francisco, foram identificados também os irmãos dele: Glaucimar Francisco Alves, Alan Alves, Marlon Alves e Cosme Francisco Alves.

O fazendeiro apontado como mandante também é acusado de outros crimes na região sudeste do Pará, segundo a Polícia Civil, casos envolvendo tráfico de drogas, agiotagem, receptação, roubo a banco, homicídio, tentativa de homicídio e grilagem de terras. As investigações apontam que Dilma, o marido e o vizinho foram mortos porque o fazendeiro pretendia ocupar parte das terras onde os três viviam. Já os três funcionários teriam sido mortos para evitar ações trabalhistas.

A Polícia Civil apontou, por fim, que o suspeito estaria construindo uma pista clandestina de pouso de aviões para atuação junto ao tráfico de drogas. Em relação aos suspeitos de serem os executores, Glaucimar e Marlon Alves já possuem passagem criminal. (Luciana Marschall)