Correio de Carajás

Mais de 92% dos marabaenses são alfabetizados, diz Censo

O percentual está acima do aferido no Estado do Pará, que é de 91,24%

A pesquisa considera apenas a parcela da população que tem entre 15 e 80 anos/Foto: reprodução

Dados do Censo 2022 contabilizam que 92,2% da população marabaense é alfabetizada. As informações foram divulgadas na manhã desta sexta-feira, 17, e elencam o panorama de todo o país. Para a pesquisa, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considera como alfabetizadas as pessoas que conseguem ler e escrever um bilhete simples.

O percentual marabaense está acima do Estado do Pará, que é de 91,24%. Ao olhar para a média nacional a diferença é mínima, uma vez que 93% dos brasileiros são alfabetizados, conforme o censo mais recente. No de 2010, a taxa de alfabetização era menor, representando 90% da população.

O estudo de 2022 estima que o município possui 266.536 habitantes, destes, apenas 7,8% são analfabetos.

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Em sua metodologia, a pesquisa considera apenas a parcela da população que tem entre 15 e 80 anos (ou mais), trazendo um panorama dessas informações.

No painel disponibilizado pelo IBGE, os dados são exibidos em formato de gráficos de barras. No quesito idade, fica claro que o maior percentual de alfabetização está na faixa etária entre 15 e 19 anos e quanto mais velha a população vai se tornando, mais a taxa de analfabetismo cresce.

A partir dos 75 anos o percentual de alfabetização está na casa dos 50%, sendo 53,74% para aqueles que têm entre 75 e 79 anos e de 50,75% para aqueles com 80 ou mais. Dentro da faixa dos 90% e acima da média do município, estão os marabaenses que têm entre 15 e 44 anos, divididos em quatro recortes.

Entre 15 e 19 anos o percentual é de 98,43%; de 20 a 24 ele é de 98,39%; de 25 a 34 é 97,94% e entre 35 e 44 o valor é 95,29%.

SEXO, COR E RAÇA

No geral, o volume de mulheres alfabetizadas é maior que o de homens, mas por pouco. Entre elas, o percentual é de 92,88%, contra 91,51% deles. A diferença irrisória se torna expressiva quando é feita a comparação entre os sexos dos povos indígenas.

O Censo 2022 aponta que 82,86% das mulheres indígenas são alfabetizadas, contra 76,84% dos homens. O estudo estima que o município possui uma população de 421 pessoas indígenas e desse total, 80,29% são alfabetizadas.

Ao analisar os dados de cor, é perceptível que as pessoas pretas analfabetas estão em maior quantidade que as brancas. O estudo revela que 93,81% daqueles que se autodeclararam brancos são alfabetizados, sendo 93,15% para homens e 94,47% para mulheres. Por outro lado, apenas 87,97% das pessoas que se autodeclararam pretas conseguem ler e escrever um bilhete simples. Desses, 87,44% são homens e 88,51% são mulheres.

Mas o maior percentual de alfabetização está entre as pessoas amarelas. Em média, 96,77% delas são alfabetizadas, sendo 96,7% homens e 96,85% mulheres. E por fim, 92,47% das pessoas pardas também conseguem ler e escrever um bilhete simples, sendo divididos em 91,86% homens e 93,08% mulheres.

Diante dos números expostos pelo Censo 2022, é importante refletir que enquanto aquele que é alfabetizado reconhece o sistema de escrita, a pessoa letrada vai além e faz uso da leitura e da escrita nos mais variados contextos, interpreta, compreende e organiza discursos e reflexões. E o analfabeto, muitas vezes, consegue apenas assinar o seu próprio nome.

(Luciana Araújo)