Correio de Carajás

Mais de 85% das mulheres com HPV podem ter câncer

Um estudo do Instituto Evandro Chagas (IEC) coordenado pelo pesquisador da sua Seção de Virologia, Dr. Rodrigo Vellascos Duarte Silvestre, com base em evidências cientificas, buscou mostrar a forma em que as infecções causadas pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) se distribuem na população feminina. Através da avaliação, foi possível detectar quais pacientes participantes do estudo estariam submetidas a um risco maior de alterações no colo uterino.

O resultado mostra que mais de 85% das mulheres que foram acompanhadas em um período de cinco anos apresentaram infecções de alto risco oncogênico de HPV, que em sua grande maioria está ligado aos casos de câncer uterino.

Segundo Rodrigo Vellascos, o grande problema na região é quanto ao controle de dados dos exames citológicos. “A maioria das infecções que são detectadas em pacientes dentro do atendimento público apresentam a citologia normal, mas com grandes riscos de infecção do papiloma vírus, associado a um diagnóstico oncogênico de HPV, que poderia ser detectado em um teste viral feito em conjunto”.

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O exame citológico popularmente conhecido como Papanicolau baseia-se em análises das células do colo uterino, que tem como objetivo identificar possíveis alterações para que o tratamento seja feito de forma a combater problemas mais graves, causando complicações na saúde da mulher. Mas, o exame não consegue identificar o vírus do HPV.

1.300 foi o número de mulheres de 20 a 50 anos que foram avaliadas na Grande Belém. Além dos exames citológicos, as pacientes também se submeteram ao teste molecular para HPV.

(Diário do Pará)