O número de marabaenses aguardando uma cirurgia eletiva na rede municipal de Saúde quase dobrou nos primeiros quatro meses deste ano. No dia 1º de janeiro, havia cerca de 3.800 pessoas na fila de espera. Já no dia 1º deste mês de maio chegou perto de 6.500 pessoas.
Foram cerca de 2.700 novos pacientes que se cadastraram nesse período e ainda não conseguiram a realização das cirurgias eletivas. A média é de praticamente uma pessoa por dia. Não se sabe exatamente o que motivou o aumento gigantesco de pessoas à espera de uma cirurgia no município. Mas é possível que exista alguma ligação com a falta de médicos, que se acentuou no governo Toni Cunha.
Existe um projeto apresentado pelo Hospital Santa Terezinha, chamado “Adote Uma Cirurgia”, que seria a realização de intervenções cirúrgicas por meio de parceria público-privada. Mas, ao que se sabe, a prefeitura ainda não deu resposta alguma a essa proposta, que foi apresentada na Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Marabá (CMM).
Leia mais:As cirurgias eletivas são procedimentos cirúrgicos não urgentes, que podem ser programados com antecedência, permitindo uma preparação cuidadosa do paciente e da equipe médica. São casos como cirurgia de amigdalas, retirada de vesícula, cirurgia de cataratas, entre outras que podem esperar um pouco mais.
O CORREIO encaminhou pedido de resposta da prefeitura sobre o porquê do aumento na fila de cirurgias eletivas e quais medidas serão tomadas para resolver o problema, mas até o momento não recebemos resposta alguma. Enquanto isso, os pacientes se amontoam em busca de atendimento no Hospital Municipal.
(Chagas Filho)