A Polícia Militar (PM) interceptou, na noite de ontem (1), uma van que saía de Parauapebas com sentido a Canaã dos Carajás, onde encontrou 1,024kg de maconha. O veículo foi abordado quando passava pela entrada da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), na PA-275, por volta das 20h30. Na manhã de hoje (2), três suspeitos de envolvimento com o crime foram presos em Canaã e identificados como Vanessa Barros da Silva (20), Josias Igor Silva Granjeiro (28) e Vinícius Santos da Silva (25).
De acordo com informações da polícia, os PMs acionaram o cão farejador Apolo, que identificou a droga no interior do veículo. A guarnição ainda tentou encontrar o dono da encomenda, mas não obteve sucesso num primeiro momento. A maconha foi apreendida e levada à 20ª Seccional de Polícia Civil, que ficou responsável pela investigação.
Depois de ouvir os passageiros do veículo, os policiais conseguiram identificar um número de telefone que, por meio do WhatsApp, deu acesso à foto de perfil. Ela foi utilizada para localizar um dos suspeitos, que mora em Canaã dos Carajás. A PM do Município teve êxito na localização de Vinícius Santos da Silva, dono do número, que confessou ser o dono da droga apreendida.
Leia mais:Ele também confessou ter mais drogas em sua residência, na Rua Guanabara, Bairro Jardim Bela Vista, local onde foi encontrada a companheira, Vanessa Barros da Silva, e 19,5g de cocaína, além de 70g de crack. A droga, segundo Vinícius, foi adquirida com um sujeito identificado apenas como “Pink”, em Marabá. Na residência também encontrava-se Josias Igor da Silva Granjeiro, que foi preso junto da dupla e apresentado à Delegacia de Canaã.
LIBERADOS
Detida na ocasião, sob acusação de tráfico de drogas, a jovem Wanessa Barros da Silva (20 anos) conseguiu provar, na Delegacia de Polícia Civil de Canaã dos Carajás, que ela nada tinha a ver com a maconha apreendida. Assim sendo, ela não foi autuada e virou testemunha no inquérito.
A informação foi repassada pela advogada dela, Sarah Jeniffer Melo Soares. Ela também adianta que deve acionar o Estado judicialmente pelo constrangimento imposto a sua representada ao apresentá-la detida na DP.
Em e-mail enviado à Redação deste CORREIO, Sarah Jeniffer informou que no final do dia, após as tomadas de depoimento, foi constatado que Vanessa não tinha nenhuma participação no ocorrido. “Wanessa não tem e nem teve nenhum envolvimento com o ocorrido, figurando apenas na qualidade de testemunha”, reafirmou a advogada.
A maconha pesando 1,024kg foi apreendida em uma van, que saía de Parauapebas com sentido a Canaã dos Carajás, mas o dono do pacote não foi encontrado na van. Porém havia um número de telefone que levou a polícia até o endereço de Vinícius Santos da Silva (25), companheiro de Wanessa. Foi aí que a moça entrou na história e acabou também levada para a delegacia.
OITIVAS
Em seu depoimento, Wanessa relatou ter sido surpreendida coma chegada da Polícia Militar em casa, já conduzindo Vinícius, companheiro dela. Ainda de acordo com a moça, os policiais pediram para entrar no imóvel, e jamais imaginava que Vinícius “mexia com coisa errada”.
Ela disse ter ficado assustada quando os policiais encontraram a droga na casa e, de tão abalada que ficou, sequer conseguiu acompanhar as buscas na residência. Wanessa contou que, após a droga ter sido achada, os policiais informaram que ela seria conduzida para a delegacia.
Além de Wanessa e Vinícius, havia uma terceira pessoa na casa: Josias Igor Silva Granjeiro (28). Segundo ela, o rapaz estava hospedado com eles, pois tinha ido morar em Canaã em busca de emprego e iria trabalhar como pintor em uma obra.
Também na delegacia, Igor Josias confirmou a versão apresentada por Wanessa e detalhou que estava havia apenas quatro dias em Canaã. Ele também alegou não ter conhecimento de que Vinícius guardava drogas em casa.
Por outro lado, Vinícius confessou o crime. Alegou aos policiais que havia recebido apenas R$ 100,00 para pegar a droga na van e guardar em casa. O dinheiro seria para pagar o frete e ficar com o restante como pagamento pelo “serviço”. O acusado disse também que conhecia seu contratante apenas pelo apelido de “Flamengo” e este combinou de buscar a droga na casa de Vinícius assim que pudesse.
Diante dos três depoimentos, apenas Vinícius foi autuado em flagrante, enquanto Wanessa e Igor foram liberados e figuram apenas como testemunhas. (Clein Ferreira – com informações de Ronaldo Modesto)
[Matéria atualizada às 19h20 | dia 03/02]