Cerca de 19,1 milhões de brasileiros não completaram o esquema vacinal contra a Covid-19, tendo recebido apenas a primeira dose, e não estão completamente protegidos contra a infecção.
Os dados do Ministério da Saúde obtidos pela CNN apontam ainda que 68,4 milhões de pessoas deixaram de receber a primeira dose de reforço, enquanto 30,2 milhões aptos a receber a 2ª dose de reforço ainda não retornaram aos postos de saúde.
A maior parte dos imunizantes contra a infecção pelo coronavírus, incluindo as vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Coronavac, conta com esquema primário de duas doses. O Ministério da Saúde reforça a importância de se completar o esquema primário e de doses de reforço para aumentar a imunidade contra a doença.
Leia mais:Estudos mostram que a estratégia de reforçar o calendário vacinal contra o coronavírus aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19.
Doses de reforço
O avanço no conhecimento científico sobre a imunidade gerada pelas vacinas revelou que a proteção tende a diminuir com o passar do tempo, entre seis e oito meses após a aplicação das duas doses iniciais.
Para resgatar a prevenção contra o agravamento e a morte pela infecção causada pelo coronavírus, a comunidade científica chegou ao consenso sobre a importância da aplicação de doses de reforço.
Estudos mostram que essa estratégia amplia a resposta imunológica e aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pelo coronavírus.
A definição sobre os públicos elegíveis para receber doses de reforço é feita pelo Ministério da Saúde, a partir da recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O público apto a receber doses de reforço tem sido ampliado ao longo da pandemia de acordo com novas evidências científicas que sugerem o benefício das aplicações adicionais.
De acordo com o ministério, as recomendações foram feitas a partir de pesquisas que demonstram que a capacidade de gerar resposta imune, chamada imunogenicidade, após aplicação de doses de reforço heterólogas, com combinação diferente de vacinas contra a Covid-19, foi adequada e superior a esquemas sem doses de reforço.
(Fonte: Lucas Rocha/