Correio de Carajás

Maioria das empresas de edificações não cumpre exigências

Todo tipo de edificação precisa de projetos obrigatórios e complementares, desde o planejamento arquitetônico até o estrutural. Porém, nem todos os brasileiros dão importância a essas exigências na hora de fazer uma obra e, por isso, acabam tendo problemas durante e ao fim da obra. Nesse contexto, entram em cena as empresas que prestam consultoria e acompanhamento no ramo da engenharia civil, como é o caso da Projectta Construtora e da Ecollogic Engenharia e Meio Ambiente, empresas parceiras que atuam em Marabá.

Segundo o proprietário da Projectta, engenheiro civil Cristiano de Sá, há no município muitas empresas que deixam de cumprir com as exigências mínimas na hora de iniciar uma obra. “Hoje, você identifica muitas empresas que não fazem projetos até serem notificadas. Isso é uma coisa que para cá, na nossa região, tem um déficit muito grande”, afirma, observando que isso é uma prática regional, uma vez que já trabalhou com empreendimentos de fora e percebeu que a postura é diferente.

Porém, reconhece também que, aos poucos, as empresas vêm buscando esses serviços. “Tanto na área de projetos quanto na área de execução, a demanda vem crescendo bastante. Nós estamos pegando algumas obras de empresas privadas daqui mesmo de Marabá. Então, isso é um crescimento que eu venho notando ao longo do ano e que está sendo muito bom”, revela.

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Jamerson Silva Soares, engenheiro civil e ambiental, dono da Ecollogic, conta que atende várias empresas terceirizadas da região e que, muitas vezes, a exigência de projetos parte dos grandes empreendimentos contratantes. “A questão da regularização ambiental é mais uma exigência de grandes empresas para poder prestar serviço, porque elas têm certificações, normas, elas têm um padrão de trabalho a cumprir. Então, tem essa pressão de mercado e a melhoria na questão dos contratos”, informa.

Desvalorização

Tanto Cristiano quanto Jamerson tem a mesma opinião quando o assunto é a atuação do CREA-PA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará) em Marabá. Ambos consideram que o órgão poderia fazer muitos mais pelos engenheiros da região. Além disso, consideram que a desvalorização do profissional da área civil, no município, está atrelada à falta de oferta de iniciativas e capacitações do próprio conselho.

“Às vezes, a empresa é licitante aqui em Marabá e ela traz um quadro de profissionais que não são daqui. E seria importante essas empresas que vem de fora terem a consciência de que tem que contratar um profissional daqui”, relatou, acrescentando que existem muitas pessoas capacitadas e qualificadas na região, mas que não são valorizadas. Ele lembra que o profissional que termina a faculdade não tem amparo para atuar no mercado.

“Quando a gente compara com outros CREA, eles estão anos luz na nossa frente, como o de Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. Seja por questão de ter um sistema melhor ou pela disponibilidade de curso de aperfeiçoamento, palestras, ou até de apoio à formação profissional”.

 (Nathália Viegas)

 

Todo tipo de edificação precisa de projetos obrigatórios e complementares, desde o planejamento arquitetônico até o estrutural. Porém, nem todos os brasileiros dão importância a essas exigências na hora de fazer uma obra e, por isso, acabam tendo problemas durante e ao fim da obra. Nesse contexto, entram em cena as empresas que prestam consultoria e acompanhamento no ramo da engenharia civil, como é o caso da Projectta Construtora e da Ecollogic Engenharia e Meio Ambiente, empresas parceiras que atuam em Marabá.

Segundo o proprietário da Projectta, engenheiro civil Cristiano de Sá, há no município muitas empresas que deixam de cumprir com as exigências mínimas na hora de iniciar uma obra. “Hoje, você identifica muitas empresas que não fazem projetos até serem notificadas. Isso é uma coisa que para cá, na nossa região, tem um déficit muito grande”, afirma, observando que isso é uma prática regional, uma vez que já trabalhou com empreendimentos de fora e percebeu que a postura é diferente.

Porém, reconhece também que, aos poucos, as empresas vêm buscando esses serviços. “Tanto na área de projetos quanto na área de execução, a demanda vem crescendo bastante. Nós estamos pegando algumas obras de empresas privadas daqui mesmo de Marabá. Então, isso é um crescimento que eu venho notando ao longo do ano e que está sendo muito bom”, revela.

Jamerson Silva Soares, engenheiro civil e ambiental, dono da Ecollogic, conta que atende várias empresas terceirizadas da região e que, muitas vezes, a exigência de projetos parte dos grandes empreendimentos contratantes. “A questão da regularização ambiental é mais uma exigência de grandes empresas para poder prestar serviço, porque elas têm certificações, normas, elas têm um padrão de trabalho a cumprir. Então, tem essa pressão de mercado e a melhoria na questão dos contratos”, informa.

Desvalorização

Tanto Cristiano quanto Jamerson tem a mesma opinião quando o assunto é a atuação do CREA-PA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará) em Marabá. Ambos consideram que o órgão poderia fazer muitos mais pelos engenheiros da região. Além disso, consideram que a desvalorização do profissional da área civil, no município, está atrelada à falta de oferta de iniciativas e capacitações do próprio conselho.

“Às vezes, a empresa é licitante aqui em Marabá e ela traz um quadro de profissionais que não são daqui. E seria importante essas empresas que vem de fora terem a consciência de que tem que contratar um profissional daqui”, relatou, acrescentando que existem muitas pessoas capacitadas e qualificadas na região, mas que não são valorizadas. Ele lembra que o profissional que termina a faculdade não tem amparo para atuar no mercado.

“Quando a gente compara com outros CREA, eles estão anos luz na nossa frente, como o de Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. Seja por questão de ter um sistema melhor ou pela disponibilidade de curso de aperfeiçoamento, palestras, ou até de apoio à formação profissional”.

 (Nathália Viegas)