Correio de Carajás

Mãe procura adolescente de 12 anos levada por motorista escolar de 30

“Preciso encontrar a minha filha para voltar a viver novamente”, decreta Lucilene Gomes de Castro Lima, que há dois anos procura por Kaline Gomes de Castro Lima, atualmente com 14 anos. O único suspeito pelo desaparecimento da adolescente é Wenderson Rodrigues Magalhães, ex-motorista do transporte escolar que a menina usava para ir à escola diariamente, no município de Piçarra, no sudeste do Pará.

Contra ele, inclusive, há um mandato de prisão expedido pela comarca de Xinguara em decorrência do caso. Ao Correio de Carajás, Lucilene conta que a filha foi levada no dia 18 de julho de 2018, da cidade de Sapucaia, quando tinha 12 anos e o suspeito 30 anos. A menina já havia sido enviada para outra cidade para ser retirada das vistas do homem.

Última notícia é de que Kaline havia tido um bebê

Lucilene narra ter observado atitudes suspeitas de Wenderson com outras meninas que utilizam o transporte para ir à escola e chegou a relatar a situação para a instituição, localizada na Vila Oziel, em Piçarra. Quando soube de um possível envolvimento entre o motorista e a filha, a tirou da instituição, enviando para Sapucaia.

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O homem, entretanto, localizou a menina e desapareceu com ela em uma madrugada. Desde então, a mãe nunca mais viu Kaline e a última notícia foi quando o próprio homem ligou para ela contando que Kaline tinha um bebê. “Passei o número aos policiais, mas até hoje não tive resposta de nada. Ele também disse que era para tirar as postagens procurando por ele”, conta.

Lucilene descreve viver um desespero muito grande. “Uma dor que não tem como explicar”, diz, ao falar que não sabe onde a filha mora e em que condições vive. “Eu não sei mais o que fazer, já busquei ajuda de todas as partes e, até agora, nunca fui respondida, estou angustiada”. Ela é mãe de outra menina, de 6 anos, e sonha em viver com a família unida novamente.

A mãe mora em uma fazenda a aproximadamente seis quilômetros do endereço dos pais de Wenderson. “Já tive na casa deles procurando ajuda, pedindo que me levem até a minha filha”. Ela afirma que no local não obteve ajuda e ainda recebeu ameaças. “A minha intenção é que ele pague pelo que ele fez”, pontua Lucilene.

Ela diz que apesar de não saber usar bem a internet, aguarda ansiosa notícias sobre a filha via ligação normal ou de Whatsapp, no número (94) 99305-2606.

Lei

O crime de estupro de vulnerável está previsto no artigo 217A do Código Penal, configurando crime ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos. A súmula 593 do STJ afasta as maiores desculpas para esse crime, pois diz que é irrelevante, o consentimento da vítima, a experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso.  (Theíza Cristhine – com informações da TV Correio Parauapebas)