Ana Carolina Oliveira (Podemos), mãe de Isabella Nardoni, foi a segunda vereadora mais votada em São Paulo nas eleições municipais deste domingo (6).
Isabella foi assassinada em 2008 aos cinco anos de idade em 2008.
Com 129.556 votos, segundo apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ana Carolina foi mais votada a ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores da capital paulista.
Leia mais:Em suas redes sociais, Ana Carolina publicou um vídeo celebrando o resultado e agradecendo os votos.
“Eu não sei nem expressar minha alegria de chegar até aqui hoje. Sou muito grata de verdade a cada um que fez parte disso, que esteve ao meu lado e que confiou em mim para representar tantas pessoas. Vou continuar lutando por todos que precisam de voz! É só o começo”, diz a legenda do post.
Segundo a campanha da nova vereadora, seu “propósito é dar voz a vítimas que sofrem em silêncio”, sempre fazendo referência à filha, morta pelo pai e pela madrasta.
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Pai de Henry Borel é eleito vereador para a Câmara do Rio
Pai de Henry Borel, o candidato Leniel Borel (PP) recebeu 34.359 votos e foi eleito vereador no Rio de Janeiro. Ele foi o oitavo candidato mais votado para o cargo na capital fluminense.
O filho de Leniel, o menino Henry, foi assassinado em 2021. O ex-médico Jairo de Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, acusado de ter participação na morte do garoto, já ocupou uma cadeira na Câmara do Rio.
Em junho deste ano, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou, por unanimidade, um recurso de Jairinho para retomar seu mandato na Câmara carioca.
No recurso, Jairinho alegou que o processo ético-disciplinar que levou à cassação de seu mandato foi movido “sem prova robusta da prática do crime”.
Três anos antes, em 2021, ele foi cassado por “quebra de decoro parlamentar”.
À CNN, a equipe de Leniel disse “estar muito feliz pela vitória e pelo acolhimento do povo”, e que “primeiramente por ter a oportunidade de dar sequência a seu projeto de defesa das crianças e adolescentes”.
Relembre o caso
Monique Medeiros é acusada de participação na morte do filho com o ex-namorado Dr. Jairinho morreu após ser levado desacordado para o hospital pelos dois.
O laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal indicou que a criança sofreu 23 ferimentos pelo corpo e a causa da morte foi “hemorragia interna e laceração hepática”.
Ambos são acusados de homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no curso do processo. Ela foi denunciada também pelo crime de falsidade ideológica.
Segundo o MP-RJ, ela prestou declaração falsa no hospital para onde levaram a criança, que chegou ao local já sem vida. “Ao buscar atendimento para seu filho, objetivou mascarar as agressões sofridas por este, evitando a responsabilização penal de seu companheiro”, disse a denúncia.
Jairinho e Monique Medeiros estão presos e aguardam julgamentos. Atualmente, o caso aguarda a designação dos jurados que irão decidir o destino de Monique e Jairinho.
Histórico de prisões
Em novembro de 2022, a juíza Elizabeth Machado Louro, do 2º Tribunal do Júri, determinou que Monique e Jairinho irão a júri popular. Ambos seguem presos em unidades do Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Monique chegou a ser posta em liberdade em agosto de 2022, mas em julho de 2023 o STF determinou que ela retornasse ao cárcere.
Anteriormente, ela estava presa no Instituto Penal Santo Expedito, também em Bangu, onde estaria sendo ameaçada por outras detentas.
(Fonte: CNN Brasil)