Correio de Carajás

Mãe de “Carrapeta” tenta levar corpo do filho para o Maranhão

Maria Madalena de Sousa, mãe de Gilvani Sousa, de 22 anos, estava tentando na manhã de hoje, sexta-feira, conseguir a liberação do corpo dele para que seja sepultado na cidade de Santa Inês, no Maranhão, onde ela mora e ele nasceu. Gilvani foi morto a tiros na noite da última quarta-feira, 3, na casa onde estava ingerindo bebida alcoólicas com outras pessoas, às proximidades da praça do Bairro Casas Populares I, em Parauapebas.

Gilvani foi executado a tiros em Parauapebas

Ela conta que filho está sem documentos e, por isso, está tendo dificuldades para conseguir a liberação do corpo dele, que está no IML. Maria Madalena estava na delegacia para registrar uma ocorrência e tentar, com isso, provar que é mãe de “Carrapeta”, e liberar o corpo.

A mulher relata que ficou sabendo da morte do filho através da ex-mulher dele, para quem ligaram informando que ele tinha sido executado a tiros em Parauapebas. Ela afirma que no início desta semana um advogado ligou para ela, informando que ele havia sido preso e pediu R$ 1 mil para conseguir soltá-lo.

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“Eu não tinha o dinheiro na hora. Fiquei de retornar o contato e, quando liguei de volta, ele não atendeu mais. Mas eu imaginei, vou deixar ele preso por mais uns dias, pelo menos assim, talvez, esteja mais seguro”, detalha Madalena, que disse ter ficado surpresa ao saber que ele tinha sido solto e que foi assassinado.

Ela afirma que sabia que o filho era usuário de drogas, mas desconhecia que ele estivesse envolvido com outras coisas erradas. “Mas devia estar, para ser morto desse jeito”, lamentou Maria Madalena, dizendo que tem outros dois filhos, mas todos são pessoas de bem.

Gilvani foi morto, segundo testemunhas, por dois homens vestidos de preto que chegaram em uma moto na casa onde ele estava. Eles bateram no portão e, quando uma pessoa abriu, foram direto até a vítima, que estava sentada em uma cadeira, a executando a tiros.

A ação foi muita rápida e “Carrapeta” não teve qualquer reação, morrendo sentado na cadeira onde estava. Segundo a polícia, ele tinha sido preso no dia 29 de junho, acusado de tráfico de drogas, e foi solto na segunda-feira, 1. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)