Em entrevista ao Correio de Carajás nesta terça-feira (18), Lene Carvalho, a mãe de Danilo Carvalho de Souza, de 20 anos, assassinado em Marabá na última semana, contestou informações repassadas no local do crime à Polícia Militar. Ela negou que o jovem fosse envolvido com furtos, arrombamentos e tráfico de drogas.
Danilo foi esfaqueado na tarde de sexta-feira (14), às 15h10, na esquina das ruas Villa-Lobos e Rio Grande do Norte, no Bairro Bom Planalto, em Marabá. Segundo a mãe da vítima, o filho nunca teve o apelido de “Japa”, como também foi informado aos policiais que atenderam a ocorrência.
Ela contou à reportagem que ela e o filho estavam morando em Goiânia até pouco tempo. “Eu tive um problema de ansiedade e depressão e ele me trouxe para cá porque nossa família é toda daqui. Estávamos há um mês aqui e ele estava se preparando para voltar porque tinha deixado o trabalho”, contou.
Leia mais:Segundo a mãe, Danilo sofria de transtornos e estava em tratamento psiquiátrico, utilizando medicamentos controlados. “Ele saiu na sexta dizendo que ia arrumar a entrada do aparelho telefônico que tinha dado problema e não retornou. Quando soubemos do que tinha acontecido, já era noite.”
A família afirma ainda que Danilo não era conhecido na área onde ocorreu o crime, por ter retornado há pouco tempo na cidade.
“Lá onde aconteceu, ninguém conhecia ele. Eu acredito que ele tenha saído só para dar uma volta. Ele ficava entediado dentro de casa. E essa história de ele ser ladrão, arrombador de casas, não condiz. Nunca houve uma ocorrência, nunca aconteceu isso com meu filho.”
Possível desentendimento
Segundo a mãe, o que a família conseguiu descobrir até o momento é que houve uma discussão pouco antes da morte, que foram ouvidas vozes alteradas e depois viram o filho dela correndo. “Eu evitei saber detalhes porque estou sob remédios e muito abalada. Mas é uma área de risco e, como ele era novo na região, pode ter ocorrido algum desentendimento.”
O crime
A Polícia Militar informou que, ao chegar ao local, encontrou Danilo caído ao chão, vestindo apenas uma bermuda e com um ferimento profundo na região do umbigo, provocado por arma branca, com exposição de vísceras. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o óbito no local.
Equipes da Polícia Civil, da Delegacia de Homicídios (DH), da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal (IML) realizaram os primeiros levantamentos. A Polícia Civil segue investigando autoria e motivação.
