Uma madeireira, suspeita de ter faturado cerca de R$ 1,5 milhão em um esquema fraudulento de créditos de produtos florestais, foi autuada pelo Ibama, em Tomé-Açú, região nordeste do Pará. A multa foi de R$ 1,9 milhão e a empresa teve o acesso suspenso aos sistemas ambientais oficiais de controle florestal, conforme foi divulgado pelo Ibama, nesta quinta-feira (1º).
O esquema de fraude envolve produtos florestais de madeira de Acapú (Vouacapoua americana), espécie ameaçada de extinção.
Na última segunda-feira (29), uma fiscalização feita por agentes ambientais da Gerência Executiva do Ibama em Marabá, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreendeu 957 m³ de resíduos de serraria no pátio da empresa.
Leia mais:O volume estava abaixo do total declarado pela madeireira no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora), que foi de cinco mil créditos florestais, sendo mais de 1 mil de estacas de Acapú, equivalente a 25 caminhões carregados.
Crédito florestal é a estimativa em volume de matéria-prima florestal resultante de plantio florestal, devidamente comprovado perante o órgão ambiental competente.
Com a divergência de informações, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), então, aplicou a multa. O Instituto estima que, somente este ano, a empresa tenha faturado R$ 1,5 milhão em movimentações fraudulentas, por meio do “esquentamento” de Guias Florestais falsas e o acobertamento de madeira ilegal sem origem.
A madeireira só poderá acessar aos sistemas de Documento de Origem Florestal (DOF) depois que fizer os ajustes administrativos do saldo nos sistemas ambientais oficiais de controle florestal. (G1/PA)