Correio de Carajás

Maçonaria: loja Marabaense comemora 95 anos

Presente desde os primórdios do Município, loja maçônica se confunde com a história de Marabá

Os maçons que estiveram presentes à sessão comemorativa

Uma enorme parte da história da comunidade de Marabá se confunde com a existência da Maçonaria da cidade e isso fica patente quando rememorados os membros da entidade ao longo dos tempos. Históricos prefeitos, vereadores, comerciantes, professores, foram maçons, ao passo que estavam envolvidos com o desenvolvimento do Município. Esse legado, que acaba de completar 95 anos, foi comemorado no aniversário da Loja Firmeza e Humanidade Marabaense nº 6.

Nomes como Demosthenes Azevedo, Antônio Maia, Sérvulo Brito, Pedro Marinho de Oliveira, João Anastácio de Queiroz, Martinho Mota da Silveira e Ignácio de Souza Moita foram membros e veneráveis-mestres.

Momento da cerimônia pública no templo da loja

A sede da entidade também está estrategicamente localizada de frente para a Praça Duque de Caxias, na Marabá Pioneira, de onde suas sessões, ou reuniões, marcaram época, além de grandes eventos no salão de festas, até hoje lembradas com carinho pelos moradores do bairro.

Leia mais:

COMEMORAÇÃO

Uma cerimônia pública no último dia 1º de julho marcou a comemoração dos 95 anos da Firmeza e Humanidade Marabaense, que oficialmente foi fundada em 28 de junho de 1928.

Após a solenidade, um coquetel foi servido na área externa

Representantes de várias entidades civis se fizeram representar, a exemplo da Prefeitura Municipal, com o vice-prefeito Luciano Dias; Câmara de Marabá, com o vereador Coronel Araújo; Lions Club, pelo presidente José Bezerra; 23ª Brigada de Infantaria de Selva, pelo tenente-coronel Édison Pastoriza, comandante do GAC.

Outras lojas maçônicas também estiveram representadas, assim como a Grande Loja Maçônica do Pará, na pessoa do delegado distrital, Denner Pontes Matos e a 3ª Inspetoria do Grau 33, pelo inspetor litúrgico Valby Camargo. Da parte das paramaçônicas, o Clube de Damas, a Ordem Demolay e a Ordem do Arco-Íris para Meninas.

O anfitrião, atual venerável Fernando Pacheco, explicou aos convidados que uma data tão simbólica não poderia passar em branco e que é um orgulho para a atual geração de membros carregar tamanho legado.

Alguns dos homenageados: Zé Vovô, João Vasconcelos, Santino Gomes e José Amorim, com Ivan Marinho

Durante o evento, no templo recém reformado e reinaugurado em 2021, os maçons ainda entregaram algumas comendas às entidades parceiras e homenagens a membros que têm um longo histórico de serviços prestados à Maçonaria.

Após o encerramento da solenidade no templo, os convidados se dirigiram para a área externa, onde foi servido um coquetel. Os presentes puderam desfrutar de uma variedade de acepipes, como tábuas de frios, hambúrgueres, camarões, escondidinhos de carne, sucos, refrigerantes e chopp gelado. A ocasião também marcou a comemoração dos aniversariantes dos meses de junho e julho, incluindo o maçom Hamilton Vieira, Presidente do Conselho Consultivo da Ordem DeMolay.

Um brinde com champanhe foi realizado entre os presentes, simbolizando votos de vida longa à Loja Maçônica Firmeza e Humanidade Marabaense nº 6. Em seguida, um delicioso bolo de abacaxi foi cortado em homenagem à cerimônia. O evento foi marcado por momentos de confraternização, onde os convidados puderam trocar experiências, compartilhar histórias e fortalecer os laços fraternais que permeiam a Maçonaria. (Da Redação)

Um brinde em volta do bolo temático

História da Marabaense

Com o objetivo de difundir ao máximo os ensinamentos filosóficos da Ordem, um grupo de irmãos liderado por Amim Jacob Zahlouth, membro da Loja Acreana, decidiu fundar uma Loja Maçônica chamada Firmeza e Humanidade Marabaense no Vale do Rio Tocantins. Mais tarde, essa loja se integrou à Grande Loja do Pará com o número 6. Assim, em 28 de junho de 1928, durante a Era Vulgar (5928 Verdadeira Luz), foi estabelecida a Sexta Loja Maçônica do Estado do Pará.

A administração foi instalada em 1º de setembro de 1928, no templo provisório da Loja Firmeza e Humanidade Marabaense nº 6, em uma Sessão Magna de Instalação, regularização e posse da Diretoria. A cerimônia foi presidida por Amim Jacob Zahlouth, Delegado do Grão-Mestre da Grande Loja do Estado do Pará (Apolinário Pinheiro Monteiro), e contou com a presença dos seguintes irmãos fundadores: Calixto Yaghi, Messias José de Souza, João Nemer Salame, Francisco Rodrigues Pereira, Nicolau Gaby, Antonio de Araújo Chaves, Aziz Mutran, Melhen A. Yaghi, Nagib Mutran, João Abade, Guilherme Bessa de Oliveira, Cícero Menezes, Luiz Antonio da Cruz, Salim Jorge Moussalem e Odílio da Rocha Maia.

Na reinstalação desta Loja em 3 de janeiro de 1933, estiveram presentes os seguintes irmãos: Antônio Araújo Sampaio, Arthur Guimarães, Francisco Souza Ramos e Isaac Araújo. A partir desse momento, os princípios filosóficos da Maçonaria se solidificaram em Marabá, e a Loja Firmeza e Humanidade Marabaense nº 6 não apenas serviu como um exemplo de instituição que busca glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, mas também foi fundamental para a fundação de todas as Lojas Maçônicas do Sul e Sudeste do Estado do Pará.

Atualmente, a loja dispõe de um moderno templo reinaugurado em 2021 após uma longa reforma, possuindo um dos espaços mais agradáveis entre as lojas do interior do Pará. Mesmo assim, a loja continua investindo em melhorias físicas, incluindo a reforma do salão de eventos e a sede do Clube de Damas da Fraternidade, que historicamente foi palco de grandes festas e celebrações em Marabá.