A escassez de água nos residenciais do programa Minha Casa, Minha Vida, em Marabá, é recorrente. Moradores das localidades convivem com o problema mesmo tendo recebido as moradias há mais de cinco anos. No Residencial Tiradentes, o Correio de Carajás constatou que o problema parece ser ainda mais grave.
As denúncias chegam por meio de diversas mensagens enviadas por ouvintes, leitores e expectadores do Grupo Correio. Além da falta d’água, há queixas sobre a qualidade, pois o líquido chega muitas vezes amarelado.
O morador do Residencial Tiradentes, Jefferson Pereira, relata que na sua casa a água começa a chegar por volta das 15 e 16 horas. “Ela chega ainda nessa cor estranha, parecendo ferrugem, barrenta. Não se pode nem beber uma água dessas, pois pode dar alguma doença”, reclama o morador.
Leia mais:Ele ainda conta que para realizar atividades domésticas e comuns de rotina, como tomar banho, lavar louças e roupas, é necessário utilizar água mineral. “Não tem condições fazer essas coisas com uma água dessas, ao invés de limpar, vai é sujar mais ainda. Sem falar que temos que gastar com água mineral para podermos realizar essas atividades”, complementa.
Quando perguntado sobre o que ele faz, nos momentos em que a água falta, Jefferson explicou que a única saída é guardar a água mineral em um tambor, para utilizá-la quando faltar. “E esse problema é antigo, mas todos fingem que nada está acontecendo. Gostaria que o Poder Público pudesse fazer algo por nós, está complicada a situação”, finaliza.
POSICIONAMENTO
O Portal Correio procurou a Prefeitura de Marabá para levar o questionamento de Jefferson e também de outros moradores do local, que sofrem com o empecilho da falta de água. A Assessoria de Comunicação respondeu com a seguinte nota:
“O Serviço de Saneamento Ambiental trabalha constantemente na manutenção preventiva da operação dos poços e abastecimento de água do residencial. A situação de problemas de abastecimento se deve a dois fatores fundamentais. O primeiro vem desde a construção do residencial, que criou um sistema falho e sem verificação de profundidade dos poços.
Dos quatro perfurados, apenas dois, funcionam parcialmente. Com isso os dois poços abastecem a rede de forma precária mesmo com a troca das bombas periodicamente. Além disso, existem já identificadas ligações de bombas de água dentro de casas, o que é proibido e acaba por prejudicar os demais moradores.
Com relação à qualidade da água, isso acontece devido à baixa de nível dos lençóis freáticos durante o verão.
A SOLUÇÃO
A Secretaria de Saneamento Ambiental de Marabá (SSAM) solicita que os moradores façam a contingência no consumo, e evite desperdício enquanto o plano novo plano de abastecimento seja projetado para o local. A SSAM mantém uma equipe constante no local para retificação destes problemas que são recorrentes”. (Zeus Bandeira)