Correio de Carajás

Lojas do comércio são destruídas por incêndio no centro de Parauapebas

Operação mobilizou 50 homens e contou com parceria entre órgãos públicos e empresa privada; comandante destaca sucesso na contenção

Um incêndio registrado na noite de quinta-feira (14) destruiu completamente pelo menos três estabelecimentos comerciais localizados na região central de Parauapebas. O sinistro, que teve início por volta das 19h30, atingiu lojas especializadas em confecções e utensílios diversos situadas na Rua Gabriel Pimenta, no Bairro Rio Verde, área de grande movimentação comercial próxima à Praça do Cidadão.

O evento representa o segundo incêndio de grandes proporções registrado no município em um período de sete dias, após o sinistro que atingiu a empresa Fermaq na Avenida Liberdade, ocorrido em 7 de agosto, levantando questões sobre prevenção e segurança contra incêndios na cidade.

A resposta ao sinistro envolveu uma operação que mobilizou aproximadamente 50 homens de sete diferentes instituições. Segundo o tenente-coronel BM Charles de Paiva Catuaba, comandante do 23º Grupamento Bombeiro Militar de Parauapebas, a ação teve êxito pelo envolvimento múltiplas entidades. Foram quase três horas para controlar o fogo.

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“Mais uma ocorrência que a gente pega de incêndio, a gente pode falar de grande proporção. Graças a Deus, uma ação rápida em conjunto de várias entidades”, declarou o comandante em entrevista no local do sinistro.

O Corpo de Bombeiros liderou as ações de combate direto às chamas com cerca de 20 homens, contando com o apoio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (SAAEP), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Militar, Guarda Municipal e Defesa Civil Municipal.

Um aspecto destacado pelo comandante foi a participação da iniciativa privada na operação de combate ao incêndio. A empresa Vale disponibilizou equipamentos especializados e pessoal técnico, contribuindo com 5 a 6 homens e caminhões específicos para combate a incêndios florestais.

A operação também contou com a colaboração da comunidade local e dos proprietários dos imóveis, que facilitaram o acesso das equipes de emergência ao local do sinistro, contribuindo para a eficácia das ações de combate.

Equipamentos especializados

A operação utilizou quatro caminhões especializados em combate a incêndios, equipados com sistemas próprios de bomba e pressão. Dois desses veículos pertencem ao Corpo de Bombeiros, um foi disponibilizado pela Vale e outro pelo ICMBio. Além disso, foram utilizados caminhões-pipa com capacidade total de aproximadamente 50 mil litros de água.

O trabalho das equipes se estendeu por várias horas, com foco principal na contenção da propagação do fogo para imóveis adjacentes. Segundo o comandante, essa estratégia se mostrou eficaz ao impedir que o sinistro se espalhasse para outras edificações da área comercial.

Ausência de vítimas

As autoridades confirmaram que não houve registro de vítimas fatais ou feridos durante o sinistro. A informação foi confirmada pelas equipes de emergência presentes no local, que realizaram varreduras nos escombros e verificações de segurança após o controle das chamas.

A ausência de vítimas é atribuída ao horário do incêndio, quando os estabelecimentos já haviam encerrado suas atividades comerciais, e à rápida evacuação da área pelas equipes de segurança pública.

Investigação

As causas do incêndio ainda não foram determinadas pelas autoridades competentes. O Corpo de Bombeiros deve conduzir uma investigação técnica para identificar a origem do fogo e os fatores que contribuíram para sua rápida propagação.

A Defesa Civil Municipal também deve realizar uma avaliação estrutural da área atingida para determinar os procedimentos necessários para a limpeza dos escombros e eventual liberação do local para reconstrução.

Os proprietários dos estabelecimentos atingidos deverão buscar orientação junto aos órgãos competentes para os procedimentos de regularização e eventual reconstrução dos imóveis, bem como para questões relacionadas a seguros e indenizações. (Da Redação | Reportagem: Ronaldo Modesto)

Imagens: Ronaldo Modesto