O LinkedIn atualizou nesta terça-feira (29) sua política global de anúncios de emprego para permitir a divulgação de vagas que tenham como preferência candidatos de grupos considerados “historicamente desfavorecidos”.
A mudança ocorreu após o Procon-SP e o Ministério Público Federal (MPF) solicitarem explicações na última quinta-feira (24) sobre a plataforma ter barrado um anúncio de emprego que tinha como preferência negros e indígenas.
“O LinkedIn proíbe a discriminação em anúncios de emprego com base em características protegidas, incluindo idade, sexo, deficiência, religião, etnia, raça e orientação sexual. No entanto, em uma jurisdição onde isso seja legalmente aceito, o LinkedIn pode permitir anúncios cuja linguagem expresse preferência por pessoas de grupos historicamente desfavorecidos em processos de contratação naquele local”, afirmou a plataforma.
Leia mais:“No Brasil, agora são permitidas vagas afirmativas, inclusive para pessoas negras e indígenas. Avaliaremos nossas práticas em outros países conforme apropriado com base em suas leis, práticas de contratação e circunstâncias locais. Fazer a coisa certa é importante e estamos comprometidos em continuar aprendendo e melhorando”, ressaltou.
Notificações
De acordo com o MPF, um ofício foi encaminhado para a plataforma solicitando informações sobre a exclusão da abertura de seleção feita pelo Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (Laut). No anúncio estava informando que seria dada preferência a candidatos negros e indígenas.
O MPF solicitou ao LinkedIn que esclarecesse qual regra norteou a exclusão do anúncio, detalhando seus fundamentos jurídicos, e também quantas vagas foram retiradas da plataforma nos últimos dois anos. Também foi enviado ofício ao Laut, pedindo mais informações sobre o anúncio.
Já de acordo com o Procon, a empresa foi notificada a explicar como se dava a publicação de vagas, se havia aplicação de políticas específicas e como os anunciantes eram informados.
(Fonte:G1)