Correio de Carajás

Lavrador é condenado a 20 anos de prisão por matar ex com machado

O lavrador Antônio Oliveira da Silva, de 53 anos, foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato da ex-companheira, Martinha Pereira César, 58 anos. O crime ocorreu no dia 5 de julho de 2020, em Tucumã, região sul do Pará.

Martinha conviveu por 10 anos com o lavrador

Segundo testemunhas, vítima e acusado mantiveram a união por cerca de 10 anos, porém estavam separados quando ocorreu o crime brutal. A vítima foi morta com um golpe de machado na cabeça.

O julgamento transcorreu no Fórum da Comarca de Tucumã, na segunda-feira (12). Na ocasião, o promotor de justiça, Suldblano Oliveira Gomes, assistente de acusação, solicitou que a arma do crime, o machado, fosse exposto no tribunal, o que foi atendido. O réu confesso revelou que conviveu com a mulher de forma harmoniosa e após a separação foi para o Maranhão, porém retornou e a procurou, sendo aceito novamente em casa.

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O aguardado julgamento foi realizado na Comarca de Tucumã

As testemunhas, maioria policiais civis e militares, as primeiras pessoas a chegarem ao local do crime, reafirmaram que encontraram a vítima morta e que o acusado já havia fugido. A arma do crime foi localizada no quintal da casa. Uma neta da vítima, que na época era adolescente, relatou que já pressentia que algo de ruim poderia acontecer com a avó e que já havia sofrido uma tentativa de abuso sexual por parte do lavrador.

O promotor de justiça sustentou que a vítima foi morta de forma brutal, sem chance de defesa, e que réu aproveitou que a mulher estava dormindo para ataca-la com o machado, sem que tenha havido luta corporal. Para o Ministério Público, o crime, além de homicídio qualificado, também se enquadra como feminicídio, uma vez que Antônio e Martinha viveram juntos por mais de 10 anos.

Os sete jurados definiram a condenação do réu por feminicídio e o juiz Ramiro Almeida Gomes, que presidiu o júri, proferiu a sentença do réu com a pena de 20 anos, inicialmente em regime fechado.

O advogado de defesa, Wilson Hida Júnior, disse que acompanhou o réu no julgamento e que não irá recorrer da condenação. A irmã da vítima, Helena Francisca, se disse aliviada com a sentença: “A dor continua, mas temos o alívio de saber que a justiça cumpriu com o seu papel”. (Delmiro Silva/ com informações de Juscelino Show)