Correio de Carajás

Laudo indica ‘acidente termoelétrico’ como causa de incêndio que matou fisiculturista

Exame ainda indicou sinais de sangue na janela de quarto. Hugo Sérgio morreu carbonizado na madrugada do dia 29 de julho.

Local onde o fogo começou, segundo laudo da perícia — Foto: Reprodução

O laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli apontou um “acidente termoelétrico” como possível causa do incêndio que causou a morte do fisiculturista Hugo Sérgio Pereira do Nascimento.

De acordo com o documento, obtido pelo g1, é possível afirmar que o fogo “foi originado em instalação elétrica com cabeamento de extensão para múltiplas tomadas”, na sala da casa, próximo à televisão.

Não foram encontrados sinais de uso de substância para acelerar o fogo nem indícios de ação violenta.

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O laudo apontou sangue no peitoril e na esquadria metálica do quarto do casal — a substância escorreu pela fachada do prédio.

Ferimentos da vítima

Sangue escorreu pela fachada do prédio — Foto: Reprodução

De acordo com o laudo, os ferimentos de Hugo no antebraço direito, perna esquerda, área abdominal e pés são “típicos dos causados por queimaduras seguidas de abrasão (toque em superfícies rígidas em contato com o calor)”.

Nesta quarta-feira (9), um motoboy que ajudou a salvar a filha de Hugo foi prestar depoimento na 32ª DP (Taquara), que investiga o caso.

O depoimento de Larissa, viúva da vítima, está marcado para esta quinta-feira (10).

Gritos de socorro
Um vídeo obtido com exclusividade pelo g1 mostra o fisiculturista gritando por socorro e tentando se jogar da varanda enquanto as chamas destruíam o apartamento, no Anil, na Zona Oeste do Rio.

O áudio do vídeo foi silenciado. Hugo chega a colocar uma parte do corpo para fora, mas recua e desiste de pular. Em seguida, ele retorna para dentro da sala e não é mais visto.

Mulher de Hugo escapou das chamas
A mulher de Hugo, Larrisa Mello Viana Silveira, de 27 anos, conseguiu se salvar. Já a filha do casal, de 6 anos, teve queimaduras no corpo e foi levada em estado grave para o Hospital Souza Aguiar, no Centro.

Imagens de câmeras de segurança mostram Larissa, de 27 anos, saindo desesperada do apartamento.

Ela abre a porta e sai correndo em direção ao elevador. Mas, logo em seguida, volta. É quando uma fumaça preta toma conta do local. Pelo vídeo, não é possível afirmar se Larissa chegou a entrar novamente no imóvel.

(Fonte: G1)