Correio de Carajás

KM 6 – Desportista morre em acidente

Uma colisão entre um automóvel e uma motocicleta por volta das 8h da manhã desta segunda-feira (10) tirou a vida de Gilberto Rodrigues da Silva, de 48 anos, que era marceneiro e atualmente trabalhava como montador de móveis, além de ter sido um dos desportistas mais conhecidos no núcleo Cidade Nova entre os anos de 1990 e 2000. O acidente fatal aconteceu na Rodovia BR-155, cerca de 30 metros depois do viaduto do Km 6, bem na entrada no Residencial Morumbi.

De acordo com asprimeiras informações colhidas pela reportagem no local do acidente, Gilberto tinha ido deixar um de seus filhos no emprego, que fica perto do Distrito Industrial de Marabá (DIM) e estava voltando para a cidade, quando foi abalroado por um Ford Focus dirigido por um homem identificado pelas autoridades como Anderson Francisco da Silva.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegaram ao local praticamente juntos com uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), cujos socorristas nada puderam fazer porque a vítima faleceu ainda no local.

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Acidente ocorreu na entrada do Km 6 e a posição em que os veículos ficaram dará muito trabalho a polícia.

De acordo com os agentes da PRF, o condutor estava no local, mas pediu para ser retirado dali porque familiares chegaram ao local muito alterados (o que é compreensível, afinal tinham perdido um ente querido de forma trágica). As mulheres que estavam com o condutor no veículo também saíram do local temendo algum tipo de represália.

Testemunhas comentaram no local que os dois veículos seguiam na mesma direção (Distrito Industrial-Marabá), com a moto da vítima um pouco à frente, mas os veículos praticamente emparelhados, e em dado momento o motorista do automóvel converteu para a esquerda para entrar no Residencial Morumbi. Foi justamente aí que ele colidiu na moto de Gilberto.

De acordo com o advogado Marcel Afonso, que foi até a delegacia para fazer a defesa do motorista atropelador, a moto entrou no chamado “ponto cego” do condutor, que não percebeu o veículo e girou para a esquerda. “O meu cliente foi fazer a conversão e, em virtude de um ponto cego, ocorreu o acidente. Oportunamente vai ser comprovada a displicência da vítima e, consequente, a inocência do meu cliente”, afirma o advogado.

Ele acrescentou ainda que a manobra foi feita cumprindo todas as determinações legais, dando seta e fazendo tudo de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), além de ter sido submetido ao teste do bafômetro, que não constatou presença de álcool no sangue.

A perícia da PRF deve ficar pronta em cinco dias e apontará se realmente a versão apresentada pelo advogado do motorista condiz com o que realmente aconteceu ou não. Mas testemunhas do acidente chamaram atenção para um detalhe: a alta velocidade impressa pelo condutor Anderson Francisco, que arremessou o motociclista a cerca de 15 metros de distância em relação ao local da colisão.

(Chagas Filho)